Com a finalidade de conhecer os projetos de desenvolvimento sustentável, uma missão com representantes de vários fundos da Organização das Nações Unidas (ONU) está no Acre. Representantes da organização para Alimentação e Agricultura (FAO) visitaram na quarta-feira, 15, as instalações das indústrias Dom Porquito e Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre), em Brasileia.
A FAO lidera os esforços internacionais de erradicação da fome e da segurança alimentar e funciona como um fórum neutro no qual todas as nações se encontram como iguais para negociar acordos e debater políticas e impulsionar iniciativas estratégicas.
Segundo Alan Bojanic, representante da FAO no Brasil, a organização é também uma fonte de conhecimentos e informação e ajuda os países em desenvolvimento e os países em transição a modernizarem e melhorarem as práticas agrícolas, florestais e de pesca, assegurando uma boa nutrição e segurança alimentar para todos.
Ao conhecer as instalações das duas instituições, Alan destacou que ficou impressionado com o que viu: “Estamos visitando algumas iniciativas que têm a intervenção público-privada-comunitária. Ficamos felizes com o que vimos, é uma ótima ideia que beneficia uma grande quantidade de famílias, com investimentos que têm melhorado a vida das pessoas da região”, frisou Bojanic.
Ainda segundo ele, a visão estratégica da Dom Porquito vai de encontro com as grandes empresas que têm entre seus objetivos fornecer para os mercados internacionais.
“O que está sendo feito aqui é a intensificação do uso dos recursos naturais visando a conservação da floresta gerando emprego e oportunidades de negócios, com crescimento econômico. Uma ótima ideia, em alto patamar. Não esperávamos ter uma qualidade tão alta de tecnologia e processos. Temos a melhor das impressões do que estamos vendo no estado”, contou o representante da FAO.
Para o diretor industrial da Dom Porquito, Alder Costa Cruz, a visita é importante “na medida em que trocamos experiências podemos demonstrar que tudo aquilo que existe na Alemanha ou no sul do país já temos no Acre, com a mesma eficiência. Com a visita dos representantes da ONU, podemos agregar recursos na cadeia produtiva com possíveis parcerias com a produção familiar”, disse.
O gerente da Cooperacre, Reginaldo Teixeira, explicou que o interessante é que os representantes da FAO estão conhecendo o poder social que o beneficiamento da castanha causa na vida das pessoas envolvidas com o processo. “Nossa expectativa é que novas perspectivas de negócios possam ser firmadas no futuro”.