“Eu posso te ajudar? é uma frase que quebra paradigmas”, expressou a chefe do Departamento de Humanização da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), Jeane Rodrigues. Encerrando o ciclo de capacitações nas unidades de saúde do Estado este ano, o Instituto de Ortopedia e Traumatologia (Into-AC), recebeu nesta terça-feira, 13, a Oficina de Acolhimento no Contexto da Política Nacional de Humanização.
De acordo com Jeane, a Sesacre tem realizado um trabalho de conscientização sobre o que é o acolhimento e a importância dele nos atendimentos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). “O que propomos é a humanização dos processos de trabalho e a escuta qualificada dos pacientes. Aproveitamos, ainda, para ouvir os trabalhadores, pois a visão deles, que são porta de entrada, é importante para identificarmos as falhas e melhoramos o nosso serviço”, explicou.
Criada em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH), ou como também é conhecida, o HumanizaSUS, visa colocar em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços em saúde, produzindo melhor qualidade nos modos de gerir e cuidar.
Baseada nesses preceitos, a mediadora da oficina, Artenizia de Souza, de forma prática e contextualizada, aborda o que a PNH propõe para o acolhimento dentro das unidades. “A Política Nacional de Humanização trabalha em um tripé: usuários dos serviços de saúde, profissionais que executam o serviço e a gestão que administra esses serviços. Então, a política entende a importância de os três estarem coesos, com o mesmo objetivo”, enfatizou.
Para a gerente-geral do Into, Elen Freitas, o tema é importante, visto que nos últimos dois anos a unidade tem sido referência para o atendimento em saúde pública no estado. “Quem procura o hospital está procurando ajuda, procurando cuidado e a gente tem tentado capacitar os nossos servidores para que acolham com carinho e atenção. A oficina é também sobre o auto-acolhimento. Cuidar de nós para cuidarmos do outro”, declarou.