Um festival que quebra as barreiras da América Latina. É com essa proposta que será realizada a oitava edição do Festival Pachamama – Cinema de Fronteira, em Rio Branco (AC). A programação se inicia neste sábado, 18, a partir das 19h, no Cine Teatro Recreio, e segue até dia 25 próximo, em diversos espaços culturais da capital.
Em coletiva nesta segunda-feira, 13, o diretor artístico Marcelo Cordero e os gestores municipal e estadual de Cultura, Sérgio de Carvalho e Karla Martins apresentaram a programação e o diferencial desta edição.
Ao todo, 68 filmes serão exibidos ao longo da semana, os quais serão divididos em 13 mostras temáticas: a Competitiva de Longa Metragem, a Competitiva de Curta Metragem, a Competitiva Comunitária Stefan Kaspar, a Tri-Fronteira, a Mirada Latina, a Amazônia, a Índio, a Identidades, Pacha Caboquinho, a Miração, Cinema nos Bairros, Retrospectiva Rodrigo Aragão e Sessão Especial.
Além disso, oficinas, debates, show musical com o violinista Piraí Vaca e a festa de encerramento (Pachafesta) também integram o evento. “O Pachamama é realizado graças a força de amigos, parceiros, instituições públicas e empresas privadas do Brasil, Peru e Bolívia. Neste ano, estamos com uma programação menor por não termos patrocinador, mas resistimos e viemos fazendo o possível para continuar com esse importante evento para o Acre e América Latina”, afirmou Marcelo.
Uma das novidades em 2017 é que, dentro da Mostra Amazônia, cinco produções acreanas ganham espaço. “Isso demonstra que o estado é alimentado pela ideia do festival em produzir e fazer com que o resultado chegue à população”, destaca Karla Martins, diretora-presidente da Fundação Elias Mansour (FEM)
Entre as produções em destaque, está Cícero Impune, do diretor argentino José Celestino Campusano. O longa, que contou com apoio da Usina de Arte João Donato, chegou a concorrer a um importante prêmio de cinema na Argentina e será lançado no Brasil no festival acreano.
O Pachamama nasceu em 2010, mesmo ano em que foi inaugurada a Rodovia Interoceânica, e tem como objetivo promover a integração cultural e artística entre os países de fronteira. “O Festival conseguiu colocar Rio Branco no mapa da cultura latina-americana e nos tornamos referência em diversos países. Uma das grandes conquistas é que a iniciativa foi nomeada como um dos 25 festivais mais promissores do mundo, pela conceituada revista Latam de Cinema”, conta o presidente da Fundação Garibaldi Brasil, Sérgio de Carvalho.
Novidade e homenagem
Nesta oitava edição, o Festival Pachamama deixa um legado de memória ao cinema: o jornal impresso El Placer de La Mirada (O Prazer do Olhar). A publicação conta com textos de jornalistas, críticos e curadores de diversos países, trazendo entrevistas com realizadores do evento e críticas de filme presentes da programação.
Assim como as demais edições, o festival homenageia nomes do cinema da América Latina. Neste ano, o cineasta de terror brasileiro Rodrigo Aragão recebe a condecoração. Entre um dos seus trabalhos de destaque, está Mangue Negro, que usou como locação o manguezal dos fundos de sua casa, em Guarapari e denunciou o problema da degradação ambiental na região.
O homenageado estará presente no festival, e terá uma mostra especial dedicado à sua obra.
Realização e apoio
A edição de 2017 do Festival Pachamama é realizada pela Saci Filmes e Yaneramai Films, com apoio cultural do governo do Estado, Prefeitura de Rio Branco, Universidade Federal do Acre, Ministério da Cultura de Bolívia, Fondo de Fomento de La Educación, Acre Criativo, Canal Brasil, Mistika, VT Publicidade, Restaurante Paço e Copgraf.