Todos os dias eles saem de casa para seus postos de trabalho com a missão de defender a sociedade, mas com o risco da própria via, essa é a função dos operadores de segurança, seja ele, policial civil, militar, bombeiro militar ou agente penitenciário.
Esses profissionais estão submentidos a altos níveis de pressão psicológica, pois a rotina conturbada da profissão, pode desencadear transtornos como stress e depressão.
Preocupado com a saúde dos servidores o governo do Estado oferece desde 2008 tratamento biopsicossocial no Centro Integrado de Apoio Biopsicossocial (Ciab) aos que compõem o Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp) e seus familiares. O Acre se tornou pioneiro com a iniciativa.
De acordo com a coordenadora do Ciab, Francisca Belém, pesquisas realizadas no mundo inteiro apontam que trabalhar com segurança é a profissão mais estressante de todas.
“As sequelas podem refletir nos comportamentos profissional e pessoal do policial que vive com o dedo no gatilho. Se o problema não for tratado a tempo, o pior pode acontecer”, destacou.
Belém explica que o Centro realiza atividades que ajudam o servidor no desenvolvimento de suas ações, seja no local de trabalho ou no convívio familiar.
Serviços como, assistência social, psiquiatria, psicologia, clinica geral são ofertados aos operadores de segurança e seus familiares.
Trabalho contínuo
O Ciab atente policiais militares e civis, bombeiros militares e recentemente firmou um convênio com o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) e passou a ofertar serviços para a autarquia.
Por semana, o Centro realiza 246 atendimentos biopsicossocial em diversas patologias.
Desde sua criação com aproximadamente 378 atendimentos em 2008, o Ciab atingiu em 2015, 3.492 acolhimentos, e nos primeiros dez meses deste ano já foram 3.056 atendimento realizados.
Tratamento psicológico
Para o paciente M.A.C, esses procedimentos ofertados apoiam na atuação nos postos de trabalho.
“Os aconselhamentos e acompanhamentos que nos são proporcionados nos ajudam com as dificuldades da profissão. Muitas vezes levamos os problemas para casa e acabamos, sem querer, atingindo também nossa família”, declarou.