Com o foco nas famílias de escolas públicas, o governo do Estado, por meio das secretarias de Saúde e de Educação, desenvolve junto à comunidade o programa Saúde na Escola.
É uma oportunidade para que os pais recebam tratamentos específicos para os filhos, a custo zero. A ortodontia é uma das novidades do programa, que já existe desde 2009.
Em Rio Branco, pelo menos 15 escolas possuem consultório odontológico. Os serviços oferecidos se estendem aos alunos das demais escolas da rede estadual de ensino, sendo voltados, principalmente, para aquelas de áreas rurais. Basta que o aluno esteja regularmente matriculado.
Mãe de três filhos e moradora do Ramal da Judia, Ana Jacinto levou duas das crianças até a escola Humberto Castelo Branco, no bairro Aviário, para darem início ao tratamento dentário.
Segundo ela, nada foi burocrático. “Eu trouxe a declaração da escola delas primeiro para agendar. Hoje elas já vieram fazer o tratamento, e isso é excelente, porque é uma oportunidade que meus filhos têm de fazer tudo mais rápido”, disse Ana.
A inserção e manutenção de aparelhos corretivos foi feita há dois anos, e por enquanto ainda está centralizada no consultório da Castelo Branco, que realiza diariamente dezenas de atendimentos. Nesse caso, os estudantes passam por uma triagem que avalia os aspectos clínicos e socioeconômicos, um serviço totalmente gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com a contrapartida de profissionais do Estado.
O especialista em ortodontia Aloisio Lazzarini comenta: “Iniciar esse tipo de tratamento logo na infância é algo muito positivo, por prevenir agravos de problemas no futuro, e o programa dá essa segurança aos estudantes. Claro que, para resultados satisfatórios, é necessário que haja o envolvimento e acompanhamento dos pais e a assiduidade dos alunos às consultas”.
Joelson Araújo faz regularmente a manutenção do aparelho. A mãe, Jeane de Araújo, fala de sua satisfação com o corpo de profissionais. “É um atendimento maravilhoso, toda a equipe é atenciosa e de muita competência. Fico feliz porque esse tratamento é algo que custa muito caro, e meu filho aqui faz de graça”, declarou.
Além da ortodontia, são ofertados os procedimentos de clínica-geral, tratamento de canal e odontopediatria – voltada para crianças com menos de seis anos de idade. “Os consultórios são dos alunos. Tanto que muitas vezes não precisamos mais procurar os usuários porque eles vêm até nós, e isso fortalece nossas ações e nosso trabalho”, frisou Rutênio Sá, coordenador da equipe de odontologia do programa.