Um encontro entre o secretário de Educação, Cultura e Esportes (SEE), professor Mauro Sérgio Cruz, e os professores Jacó César Picolli, Selmo Azevedo Pontes e Gilberto Dalmolin, da Ufac, selou uma importante parceria que irá garantir importantes melhorias na educação indígena no estado.
Eles alinharam e conversaram sobre a educação escolar indígena, os respeito as especificidades de cada etnia e o embasamento legal (legislações, pareceres e resoluções), sem que as comunidades fiquem privadas do acesso às condições de infraestrutura, logística e recursos tecnológicos compatíveis com as demais escolas urbanas.
Participaram ainda do encontro professores indígenas de 4 das 16 etnias do Acre e que atuam como assessores pedagógicos do Departamento de Educação Escolar Indígena, que é vinculado à Diretoria de Ensino da SEE. As etnias presentes foram as das comunidades Huni Kui (Kaxinawá), Jaminawá, Puyanawá e Yawanawá.
Pela primeira vez, em muitos anos, a educação indígena deixa de ser um apêndice do ensino rural. “O Acre é pioneiro em educação indígena, mas ao longo de duas décadas esteve em segundo plano, funcionando como apêndice do ensino rural”, comentou Nilo Barreto, coordenador do Departamento.
Foram quase duas horas de conversa quando foi debatido o alinhamento entre a Ufac e a SEE para concretizar as parcerias, as formas como elas acontecerão e como somar esforços para otimizar, além dos espaços físicos, também os recursos humanos e financeiros.
“A SEE nunca vai impor, sempre vai propor, consultando e respeitando as decisões das comunidades indígenas. O objetivo do nosso governo não é manter as comunidades cativas e dependentes do governo, muito pelo contrário, o governador Gladson Cameli exige de seus secretários compromisso ético e trabalho produtivo, que promova, de fato, autonomia e cidadania em todas as comunidades tradicionais do acre”, disse o secretário Mauro Cruz.