Levar informações para os servidores públicos e a comunidade em geral sobre como ser um doador de órgãos é o objetivo da parceria firmada nesta semana, entre a Secretaria de Estado de Gestão Administrativa (SGA) e a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO/Acre).
A Central de Transplantes tem o intuito de diminuir o número de recusas familiares. Hoje, o Acre é um dos estados com maior recusa familiar para doação de órgãos e tecidos.
Segundo a coordenadora do CNCDO/Acre, Regiane Ferrari, a média de recusa familiar do Brasil é de 44%, enquanto no Acre ela chega a 76%.
“Nós precisamos, e podemos, melhorar esse cenário estadual, e com isso salvar vidas, porque sem doação não há transplante. A gente precisa que as famílias se sensibilizem, discutam, para a gente poder reverter esses números”, declarou a coordenadora do CNCDO/Acre, Regiane Ferrari.
Por meio da Rede de Humanização do Estado da SGA, que atualmente é formada por representantes de mais de 70 instituições estaduais, serão realizadas a mobilização e a sensibilização dos servidores públicos. “Esse trabalho é muito importantes, pois podemos salvar vidas”, frisou a titular da SGA, Sawana Carvalho.
A coordenadora do CNCDO/Acre ainda destacou a generosidade do povo acreano. “A gente acredita que o povo do Acre é um povo bom, acolhedor, um povo carinhoso, enfim, que compartilha a dor do outro. Então é só uma questão mesmo de entender como é esse processo e dizer sim à doação”, afirmou.
Números
Ao todo, o Acre já realizou 256 transplantes, dos quais 11 de fígado, 78 de rim e 167 de córnea. O estado também está habilitado junto ao Ministério da Saúde para realizar transplante de pâncreas e o transplante conjugado de rim e pâncreas.