Após resposta rápida e eficiente das forças de segurança do Acre no momento de insurgência contra o Estado, ocorrida na semana passada, o deputado estadual Eber Machado parabenizou o Estado pelas ações e afirma que vai cobrar da bancada federal o Plano Nacional de Segurança.
“Estamos debatendo um Plano de Segurança Nacional, pois isso é um problema em nível de Brasil. Sabemos das ações que o governo do Estado tem executado dentro do que tem proposto, e por vezes indo mais além”, afirmou o deputado, explicando que é preciso fazer a cobrança da parte do governo federal.
Ele afirma que “onde existem os corredores do tráfico de drogas e armas, as fronteiras, é de responsabilidade do governo federal. Os investimentos para essa área não chegam ao Acre”.
O deputado mostrou preocupação em como a União vem tratando a questão, pontuando que foram cortados 52% dos recursos para o Ministério da Justiça.
Para o deputado, outra questão é a disparidade nos investimentos para outros estados, como o Rio de Janeiro. Enquanto o Acre não recebe investimentos para as fronteiras e combate ao narcotráfico, o estado fluminense recebeu mais de R$ 70 milhões na luta contra a violência.
Controle da violência no Acre
Com o corte de comunicação no presídio de Rio Branco, estabelecido pelo governo do Estado com o uso de bloqueadores de celulares e o envio de 22 reeducandos para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), por envolvimento com organizações, começou uma onda de ações criminosas no estado.
Prontamente, as ações comandadas pelo governo do Estado foram reforçadas com mais de 100 viaturas e cerca de 400 agentes das polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Gabinete Militar do Estado e da Prefeitura, além do Exército Brasileiro, este em áreas específicas de atuação.
Narcotráfico
O governador Tião Viana cobra constantemente ação efetiva do governo Federal no combate ao narcotráfico, o que é constitucionalmente responsabilidade da União. Mais uma vez, no último Fórum de Governadores da Amazônia Legal, em Cuiabá (MT), ele levantou a questão e propôs a junção dos estados membros nesta luta, que foi concordado pelos governadores presentes.
“O narcotráfico é a grande ameaça do Brasil, e não temos um Sistema Nacional de Segurança nem uma força-tarefa nacional integrada. Precisamos exigir do Senado Federal e da Câmara Federal que cumpram seu papel de convocar o Estado brasileiro para agir a fim de que possamos pensar nas gerações futuras”, afirmou o governador durante o fórum.