Pesquisadores do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, com sede em Curitiba (PR), estão de volta ao Acre para apresentar os resultados da coleta neonatal para o teste de predisposição ao tumor de córtex adrenal (TCA) e diagnóstico precoce de imunodeficiências primárias.
A missão do Instituto de Pesquisa é aumentar o percentual de cura de doenças complexas em crianças e adolescentes. Em junho do ano passado, a unidade de estudos científicos do Complexo Pequeno Príncipe e o Governo do Acre firmaram parceria que permitiu a coleta de duas gotas de sangue de recém-nascidos em municípios acreanos para possibilitar a identificação de uma mutação ligada a predisposição do câncer pediátrico, que quando diagnosticado precocemente, tem quase 100% de cura.
A primeira etapa do projeto “150 Mil Chances de Vida”, realizado pelo Instituto Pequeno Príncipe, com o apoio do Hospital e da Faculdade que recebem o mesmo nome, capacitou 117 profissionais de saúde da regional do Baixo Acre. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), mais de dois mil bebês participaram da pesquisa.
Os números exatos e o resultado da coleta neonatal serão divulgados nesta sexta-feira, dia 1º, no gabinete do governador Tião Viana. Antes, os pesquisadores do Complexo Pequeno Príncipe realizam visita a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade do Povo, Maternidade Bárbara Heliodora, Policlínica do Tucumã e Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb).
“Queríamos iniciar a agenda aqui na Sesacre, agradecendo o apoio do Acre para a realização da pesquisa. Investigando o material genético coletado através do teste do pezinho, é possível identificar essa mutação e realizar o acompanhamento das crianças, que em caso de diagnóstico positivo terá um tratamento adequado e mais qualidade de vida”, ressalta o diretor corporativo do Complexo Pequeno Príncipe, José Álvaro Carneiro.
Pesquisa realizada em nove municípios
No Acre, as análises genéticas do projeto “150 mil Chances de Vida” ocorreram em nove municípios. Nesta primeira fase da parceria, a coleta neonatal aconteceu nas cidades de Rio Branco, Acrelândia, Brasiléia, Capixaba, Epitaciolândia, Plácido de Castro, Sena Madureira, Senador Guiomard e Xapuri.
A partir do resultado da pesquisa, bebês portadores das patologias têm quase 100% de chances de cura, além de fornecer dados a comunidade cientifica e médica sobre a incidência das doenças, possibilitando também, a discussão e intervenção em política pública regional e nacional.