A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) encerrou nesta quinta-feira, 10, o Seminário de Pesquisas em Unidades de Conservação Estaduais do Acre. O evento, transmitido pelo YouTube, faz parte do Mês do Meio Ambiente, que acontece de 31 de maio a 30 de junho com vasta programação on-line e presencial. O seminário teve início na segunda-feira, 7.
Ao longo da programação, gestores da Área Relevante Interesse Ecológico (ARIE) do Japiim Pentecostes, Áreas de Proteção Ambiental (APAs) do Lago Amapá, do Igarapé São Francisco e do Parque Estadual Chandless, pesquisadores e sociedade civil compartilharam as experiências nas unidades gerenciadas pela Sema.
A gestora da APA Lago do Amapá, Mirna Caniso, disse que o Lago do Amapá se destaca por ser a a APA com maior número de estudos publicados no Acre, no total mais de 40 artigos, entre resumos e capítulos de livros.
O professor Waldemir Santos, da Universidade Federal do Acre (Ufac), em sua palestra intitulada “Análise preliminar do assoreamento em ambiente fluvial lêntico: a hidrossedimentologia do Lago do Amapá – Rio Branco/AC”, apresentou as principais características geomorfológicas do lago Amapá.
Ele explicou que, de acordo com os estudos, a data estimada de formação do Lago Amapá é de aproximadamente 3.160 anos, e que, portanto, é considerado um lago novo, e que sua formação tenha ocorrido por mudanças climáticas ocorridas no passado.
A gestora da APA Igarapé São Francisco, Carolyne Maciel, destacou que a unidade tem muito a oferecer, no âmbito científico, e que tais pesquisas favorecem o plano de manejo da APA, que se encontra em fase de publicação.
A professora Ronnilda Gonçalves palestrou sobre o “Efeito da estrutura da paisagem sobre a distribuição e diversidade do zooplâncton no Igarapé São Francisco, Acre”. Em seguida, o professor Lisandro Juno palestrou sobre a “Qualidade ambiental do igarapé São Francisco: do diagnóstico em 2002 aos dias de hoje”. Ambos os palestrantes lembraram da importância da preservação e conservação do São Francisco.
Paulo Sergio D’Andrea apresentou pesquisa sobre as espécies “Mamíferos como Reservatórios de Zoonoses e sua importância para a saúde pública”. O pesquisador é uma referência nacional e internacional nos estudos que envolvem zoonoses em mamíferos.
Outra pesquisa também realizada no baixo Rio Chandless, foi apresentada pela pesquisadora da Ufac, Letícia Fernandes da Silva, sobre a comunidade de aves em ambiente dominado por embaúba (Cecropia).
A diretora executiva da Sema, Vera Reis Brown, ressaltou a importância do debate para a troca de experiências e a popularização da ciência. Ela agradeceu a contribuição de gestores e técnicos da Sema, e o compartilhamento de relevantes pesquisas realizadas nas quatro unidades de conservação participantes do evento.