Sob a coordenação da Secretaria de Estado de Educação e de Esporte (SEE) foram concluídos nesta terça-feira, 2, os detalhes do Plano de Erradicação do Analfabetismo nos presídios do Acre e para familiares de detentos que também não sabem ler, nem escrever.
A iniciativa é do gabinete da vice-governadora, Nazareth Araújo, e tem por objetivo possibilitar que pelo menos 249 pessoas e outras 173 que sequer foram alfabetizadas, segundo levantamento do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), possam ter acesso aos estudos na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, o EJA, dentro das próprias penitenciárias do Estado.
Para os familiares destes presidiários que, eventualmente, também sejam analfabetos, o governo do Estado do Acre, por meio da SEE, também vai oferecer o programa Alfa 100, que já é disponível nas escolas da rede pública.
“A ideia é ter um olhar diferenciado, tanto para esses presos, quanto para suas mulheres e filhos, por exemplo, que não sabem ler nem escrever por diversas razões. Trata-se de um gesto de inclusão social, e que deverá retirar muitas pessoas do abismo que as separa das letras, até 2018”, afirma Moisés Diniz, secretário-adjunto da SEE e coordenador do Grupo de Trabalho que concluiu o plano.
Parceria com TJAC – Um dos pontos cruciais do plano é o auxílio dos juízes de Direito em audiências nas varas criminais do Tribunal de Justiça do Estado do Acre. Assim, detentos que estejam cumprindo regimes de progressão de penas seriam convidados a participar das aulas, possibilitando uma identificação daqueles que queiram aderir ao programa.
Participaram do Grupo de Trabalho, coordenado pela SEE, representantes do Iapen, da Secretaria de Estado de Segurança Pública, da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e também do Instituto Socioeducativo do Estado do Acre. Agora, o relatório segue para o gabinete da vice-governadora.