A Polícia Militar do Acre realizou, nesta segunda-feira, 28, no auditório do Colégio Militar Estadual Tiradentes, a aula inaugural do 1º Curso de Cinotecnia do Estado. Com o objetivo de orientar e regular as atividades com cães, o curso levará conhecimentos básicos aos integrantes da Companhia de Policiamento com Cães (CPCães), unidade subordinada ao Batalhão de Operações Especiais (Bope), bem como a membros de outras instituições.
Participaram da solenidade, além do comandante-geral da PMAC, coronel Paulo César da Silva; e do secretário de Justiça e Segurança Pública, coronel Paulo Cézar Rocha; o deputado estadual Cadmiel Bomfim (PSDB), representando o Legislativo Estadual; o vereador Emerson Jarude (PSL), representando a Câmara Municipal de Rio Branco; representantes do Corpo de Bombeiros Militar, do Instituto de Administração Penitenciária, da Polícia Civil, das polícias Federal e Rodoviária Federal e oficiais da PM, comandantes de unidades da capital e do interior.
Ao todo, 42 alunos, membros das forças de Segurança do Estado e de instituições co-irmãs, iniciaram o curso, depois de passar por um rigoroso processo seletivo. Do Acre, são 31 policiais militares, dois bombeiros militares, um policial civil e cinco policiais penais. Além desses, dois policiais rodoviários federais e um policial militar do Mato Grosso do Sul (MS) também passarão pela capacitação.
Segundo o coronel Paulo Cézar Rocha, essa é uma oportunidade que o Estado oferece aos profissionais da Segurança Pública, de adquirir capacidade técnica para melhor servir à sociedade acreana. “Os participantes vão ter acesso a conhecimentos e técnicas extremamente necessárias nessa modalidade de policiamento, e isso vai garantir o aperfeiçoamento do serviço operacional da especializada dentro da corporação”, pontuou o secretário.
O coronel Paulo César Gomes, destacou a alegria de participar, como comandante-geral, da abertura do primeiro Curso de Cinotecnia do Estado, e falou da importância que a capacitação tem para a PMAC. “Era uma demanda que já tínhamos há muito tempo e que já deveria ter acontecido. Particularmente, sou muito fã do trabalho com cães. Agradecemos ao governo do Estado, ao secretário de Segurança Pública e às instituições parceiras que possibilitaram essa realização que só trará benefícios ao trabalho operacional”, afirmou.
O curso, que será realizado nas dependências do Bope, terá 45 dias de instruções, entre disciplinas práticas e teóricas. Será ministrado por instrutores da própria PMAC e por profissionais de outros estados do Brasil, todos com comprovado nível de conhecimento em sua área.
CPCães
A modalidade de policiamento com cães chegou à PMAC em 2004, com a formação dos soldados Rock e Pedralino em Cinotecnia, na Polícia Militar do estado de São Paulo. Nesse período, dois cães da raça rotweiller, Máximus e Negão, foram treinados na modalidade de guarda e proteção, sendo posteriormente utilizados em outras operações, incluindo em presídios. Na época, os cães eram particulares e não havia estrutura para mantê-los no quartel.
A partir de 2006, a cadela Una foi incorporada ao efetivo, doada à Companhia de Operações Especiais (COE) pelo comandante da unidade na ocasião, o capitão PM Gaia. Com a criação da CPCães, iniciaram-se, de fato, as ações especializadas com o uso de cão policial. A partir daí foram construídas baias, o que possibilitou a permanência e treinamento de cães exclusivamente nas instalações do quartel.
Atualmente, a companhia conta com 14 cães, sendo três adultos, treinados em faro de armas e narcóticos, e 11 filhotes, ainda em treinamento. A unidade atua em uma gama de missões onde seja viável a utilização de cães policiais, entre elas, faro de entorpecentes e armas, busca e captura de foragidos, intervenção em estabelecimentos prisionais e policiamento em eventos.