O Dia Internacional da Síndrome de Down, 21 de março, entrou no calendário oficial da Organização das Nações Unidas (ONU) graças à iniciativa do Brasil. A síndrome de Down, também chamada de trissomia 21, não é uma doença e sim uma condição genética provocada pelo cromossomo extra que aparece no par 21. Condição que pode ocorrer em humanos e em alguns animais mamíferos.
Mesmo com campanhas de conscientização, as famílias de portadores da síndrome ainda enfrentam grandes dificuldades, muitas vezes por medo ou falta de informação.
Rosa Moreira, moradora do polo Benfica, descobriu que sua filha Adriele tinha síndrome de down, quando a criança tinha um ano e meio de idade. “Não saber o que estava acontecendo com a minha filha foi algo que me deixou assustada no começo, porque eu não sabia do que se tratava. Não sabia se ela poderia andar, falar. Foi uma barreira a falta de informação”, conta a mãe.
Hoje, com dez anos, Adriele recebe atendimento com fonoaudiólogo uma vez por semana no Centro de Reabilitação Dom Bosco, onde a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) oferta assistência aos pacientes com Down. Rosa diz enfrentar barreiras, como o preconceito de pessoas que não são capazes de entender as limitações e o cuidado que uma criança com a síndrome necessita.
A equipe do Dom Bosco é formada por oito fisioterapeutas, três fonoaudiólogos e três terapeutas. Atualmente, estão matriculados 28 alunos entre zero e quatro anos, e 30 alunos acima dos quatro anos de idade, sendo assistidos até os 15 anos.
No Acre, a escola Dom Bosco é responsável pelo acompanhamento e tratamento das crianças com Down. Ela atende ainda crianças de outros estados, como Amazonas e Rondônia, e também de países como Peru e Bolívia.