A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas que pode atingir outros órgãos do corpo e se não tratada corretamente pode provocar a morte.
A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa, portanto, a aglomeração é o principal fator de transmissão.
Sendo assim, não é de se estranhar que o ambiente de um presídio seja propício a proliferação da doença.
E exatamente por conta dos fatores que contribuem para uma maior incidência da tuberculose, um mutirão de atendimento foi realizado, nos últimos três dias, dentro do complexo penitenciário Francisco D’Oliveira Conde.
“A população prisional, junto com os moradores de rua, possui um índice 28 vezes maior que de contrair a tuberculose. Por isso a necessidade de um maior rigor de possíveis casos para evitar a disseminação da doença”, afirma o enfermeiro do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Roginner Fernando.
A estratégia é, por meio de uma triagem, identificar dentro dos pavilhões os detentos que apresentam algum tipo de sintoma e realizar o exame, que por meio da coleta do escarro, confirma a tuberculose.
Em caso de confirmação da doença, o detento recebe na mesma hora a medição e já passa a iniciar o tratamento contra a tuberculose.
“Uma vez detectando que o preso tem a tuberculose, automaticamente ele recebe a medicação para começar a tratar a doença. Além disso nós acompanhamos de forma contínua, já que o paciente só vai ser curado se fizer o tratamento de forma correta por seis meses”, explica Iones Moraes – coordenadora da unidade de saúde do complexo penitenciário.
O mutirão que terminou nessa quarta-feira, 6, foi realizado pela equipe da própria unidade, auxiliada por profissionais da Secretaria Estadual de Saúde.
Foram realizados 300 exames nos três dias de atendimento. Atualmente, existem 38 detentos em tratamento contra a tuberculose no complexo penitenciário.