Quem planta colhe. E é no quilômetro 11 do Ramal Campo Novo, em Acrelândia (116 quilômetros de Rio Branco, na BR-364), que o produtor Marcelo da Gama de Almeida está fazendo a colheita de todo o seu plantio de café. Segundo ele, as novas mudas entregues pela Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seap) vão aumentar a produção, uma vez que o café clonal leva menos tempo para começar a dar o fruto em comparação ao café convencional que antes era plantado.

Dos sete hectare da propriedade, em dois e meio o produtor plantou café, o que lhe gera um lucro anual de aproximadamente R$ 20 mil. Com mais de dez pessoas envolvidas na colheita, ele conta que pretende retirar mais de 1.600 tambores do grão.

“Para mim, como produtor, o incentivo do governo com a entrega das mudas de café clonal está sendo ótimo. O café que a gente plantava levava até três anos pra começar a produzir. Esse café clonal leva só um ano para dar o fruto”, explica.

Além das mudas, os produtores também são capacitados pelos técnicos da Seap quanto ao espaçamento entre as plantações e a desbrota correta. Este ano já foram entregues mais de 80 mil mudas aos produtores do ramal, que receberão em breve os equipamentos necessários para alavancar a produção.

“Com a entrega do secador e do descascador, o trabalho dos produtores vai ser mais valorizado porque eles poderão vender a saca de café já beneficiada. Com o lucro deles, o Estado consequentemente vai aumentar o movimento de sua economia, e, assim, ganha o produtor, ganha o Estado, ganham todos”, frisou o gestor da Seap, José dos Carlos Reis.

Uma das vantagens do café é que ele pode ser consorciado. Significa que a mesma lavoura pode ser dividida com plantações de banana, mamão e outros. As mudas utilizadas vêm de Rondônia e são mantidas com a origem genética da semente, o que permite a boa qualidade do produto.