José Barbosa Oliveira, conhecido como Marquinho, é um dos mais bem-sucedidos produtores rurais do Vale do Juruá. Morador em propriedade às margens da AC-405, que liga Cruzeiro do Sul a Mâncio Lima, Marquinho decidiu apostar, no ano passado, na hidroponia, técnica que consiste em cultivar vegetais sem o uso de solo, sendo a planta alimentada através de uma solução contendo água e nutrientes.
Com investimento de cerca de R$ 200 mil foi montada uma estrutura em quatro módulos que hoje, embora ainda funcione parcialmente, já coloca no mercado da região cerca de 600 quilos de tomate, 300 quilos de pepino e 1.200 pés de alface por semana. Segundo o produtor, com a estrutura em pleno funcionamento será possível dobrar a produção. Um destaque: a estrutura de hidroponia é o que de mais moderno existe no setor.
Marquinho ainda pretende cultivar, com a técnica, outras verduras como couve-flor e brócolis. Ele faz uma constatação importante. “Sempre se dizia que no Juruá não dava para cultivar tomate; com a hidroponia é perfeitamente viável. Olha que tomate bonito, sem praga”.
Classe média rural
Marquinho é exemplo da classe média rural, que tem no governo do estado um parceiro constante. Além da hidroponia, ele é piscicultor e criador de porcos de raça; planta, macaxeira, melancia, é um dos maiores produtores de mamão e tem agora um plano ousado de montar uma fábrica de ração. Também foi beneficiado com o programa do coco e tem dois hectares da cultura que, em dois anos, estará em plena produção.
O produtor recebeu recentemente a visita do secretário de Agropecuária, José Carlos Reis e viu a possibilidade de participar de pelo menos dois programas que a secretaria vai executar: o programa do café e do mamão. “Temos que fortalecer cada vez mais este tipo de empreendedor rural”, disse o secretário.