Fortalecer as ações de produção sustentável do estado ao longo da BR-364. Este é o objetivo do projeto Valorização do Ativo Ambiental Florestal, financiado pelo Programa Fundo Amazônia, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Com a iniciativa chegando ao fim, após seis anos de implementação em Bujari, Sena Madureira, Manoel Urbano, Feijó e Tarauacá, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Extensão Agroflorestal (Seaprof), realiza o Seminário Produção Rural Sustentável na ZAP/BR-354, entre os dias 7 e 9 deste mês, em Rio Branco.
O encontro envolve cerca de dez produtores de cada cidade, que participarão de workshops, palestras e visitas qualificadas.
“Esperamos receber avaliações por parte dos produtores beneficiados, para que depois compilemos esses dados e seja feito um relatório que vamos enviar para a direção do programa, a fim de aprovar a segunda fase do projeto”, afirma o gestor da Seaprof, Lourival Marques.
Após o seminário, serão realizados outros cinco encontros, um em cada município contemplado: “Pretendemos estender esta reunião para essas localidades, onde ouviremos os demais beneficiados pela iniciativa, em busca de promover, também, um intercâmbio de ideias”, diz.
“Motivo de alegria e gratidão”, diz produtor
Presidente da Associação Nova Vida, em Feijó, o produtor rural Antônio Carlos Menezes destaca que a cooperação conta, atualmente, com 66 associados, e que a vida deles melhorou cerca de 60% após a implementação do projeto. “Se o programa continuar, certamente chegará aos 100%”, afirma.
O local atua, principalmente, na produção de farinha e na avicultura. Ele ressalta, ainda, sobre a importância do projeto para a vida deles. “Não tínhamos esses programas que davam assistência técnica, e agora temos. Para nós, produtores, isso é motivo de alegria e gratidão, e espero que venham novos programas para chegar até aquelas pessoas que ainda não tiveram acesso”, diz.
Mais de 2 mil famílias beneficiadas
De acordo com o coordenador do projeto, Roney Santana, são 2.080 famílias envolvidas nessas atividades. Eles receberam a implementação de experiências, tais como o roçado sustentável, sistemas agroflorestais, mecanização agrícola e pagamento de bônus da certificação.
“Foram medidas que incentivaram os produtores a melhorar sua qualidade de vida, gerando renda, crescimento econômico e, ao mesmo tempo, manteve o controle sobre o desmatamento e queimadas”, afirma Santana.
Sobre o programa Fundo Amazônia
O programa Fundo Amazônia tem por finalidade captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável das florestas no bioma amazônico.