Interação, compartilhamento de experiências e, principalmente, conhecimento foram os objetivos do workshop em Diálise Peritoneal organizado pelos funcionários da Fundação Hospital do Acre (Fundhacre), da área de nefrologia. A atividade ocorreu no sábado, 13, no auditório do Conselho Regional de Medicina (CRM), em Rio Branco. Reuniu familiares, cuidadores e pacientes com doenças renais crônicas.
“Objetivamos levar as técnicas, fazer um recordatório de como esses pacientes estão com a performance do tratamento deles. A maioria conhece a hemodiálise e por detrás da hemodiálise também existe uma outra modalidade que é essa que a gente está falando, a diálise peritoneal. O maior objetivo é dar um amplo conhecimento à comunidade sobre essa técnica”, disse Ricardo Sena, médico nefrologista da Fundhacre.
De acordo com Sena, não existe diferença quanto aos resultados entre a diálise peritoneal e a hemodiálise (procedimento realizado na clínica). Sendo, a primeira, administrada em casa e menos usual no meio, porém com maior conforto ao paciente e aos familiares.
“O paciente está ao lado dos seus familiares, faz o tratamento diariamente em casa, e vem às consultas mensalmente. Então existe uma flexibilidade de horário e até de melhor integração à sociedade”, destacou Sena.
Ele disse que um a cada dez brasileiros tem algum grau de comprometimento renal e trata-se de um problema de saúde pública. “Que a gente comece a olhar com outros olhos sobre os rins. Fazer exames periódicos de urina, fazer exames de creatinina para que possamos de forma precoce identificar possíveis situações. O problema é muito maior do que a gente pensa”, acrescentou o nefrologista.
Segundo o médico, hipertensos e diabéticos são pessoas mais propensas a terem problemas renais. As precauções a serem tomadas e, evitar problemas graves de rins, são simples. “Beber bastante água, não fumar, praticar atividades físicas regulares, dieta balanceada, isso é primordial. Ter o controle adequado daqueles que são hipertensos e diabéticos. Ter um controle adequado de suas doenças de bases”, finalizou.