Nesta sexta-feira, 13, o Governo do Estado por meio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), realizou a Formatura de Encerramento do Curso de Unidades Especializadas em Fronteira- (Cuef) 3ª edição, oferecido aos integrantes do Grupamento Especial de Fronteira (Gefron).
O evento que aconteceu no Campus Universitário da Ufac, em Cruzeiro do Sul, contou com a presença dos formandos e de autoridades da Segurança Pública do Acre. De acordo com o coordenador do Gefron, tenente-coronel Rômulo Modesto, o curso teve o envolvimento de profissionais das Polícias Militar e Civil, militares da Força Nacional e policiais rodoviários federais representando os estados da Federação do Arco Norte.
“Foi um curso bastante produtivo que formou 38 integrantes da segurança pública representando todo o Arco Norte. É uma satisfação concluir o curso com um bom aproveitamento, pela interação que foi realizada com os demais estados da Federação, bem como o conhecimento renovado de cada policial que atua no Gefron” destacou.
Representando o secretário de Justiça e Segurança Pública, o chefe do departamento de inteligência, coronel Souza Filho, falou que essa é mais uma etapa do Gefron no Acre concluída, e que para o Governo do Estado juntamente com a segurança pública, isso significa a valorização das forças, bem como o comprometimento com a população no combate ao crime.
“Nossa fronteiras agora contam com uma ação integrada e melhor, especializada com profissionais cada vez mais capacitados para coibir o tráfico de drogas, de armas, a circulação de veículos roubados e todos outros tipos de crimes de fronteira”, completou.
Para o coordenador regional do Arco Norte da Coordenação Geral de Fronteira/Secretaria de Operações Integradas do MJSP, Maurício Pinheiro, o curso tem como finalidade a difusão e padronização de conhecimento em operações das polícias que atuam nas região de fronteira.
“Com certeza, esse é o primeiro de muitos que serão realizados no próximo ano. A Seopi irá promover outros cursos visando a capacitação para a valorização desses profissionais e o fornecimento de novas tecnologias para melhor atuação nas regiões de fronteira”, explicou.
Sobre o curso
O Curso de Unidades Especializadas de Fronteira – (Cuef) 3 edição – Nível Multiplicador foi realizado através do esforço do Governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp), em parceria com a Secretaria de Operações Integradas (Seopi) do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Iniciado em 18 de novembro, em Cruzeiro do Sul, o curso capitaneado pelo Ministério da Justiça por meio da Secretaria Nacional de Segurança (Senasp) e Secretaria de Operações Integradas (SEOPI), teve carga horária de 160 horas e foi realizado em áreas específicas da cidade com o fim de adaptar os participantes ao terreno de fronteira. O curso teve como objetivo capacitar os profissionais de Segurança Pública para atuar como multiplicadores. A temática das instruções foi voltada para as Unidades Especializadas de Fronteira em atendimento ao Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras – VIGIA.
O programa VIGIA visa fortalecer a prevenção, o controle aduaneiro, bem como a repressão de ilícitos nos estados que fazem fronteiras com os países sul-americanos. Os profissionais capacitados constituirão as unidades especializadas nas instituições de Segurança Pública, defesa, inteligência, fiscalização e controle de toda a região de fronteira do Estado.
A região é caracterizada pela grandiosa extensão fronteiriça, com uma faixa total de 2.231 km, sendo 666km com a Bolívia e 1.565km com o Peru. Com isso o Acre e outros estados de fronteira se tornaram rotas para o tráfico de drogas, armas, pessoas, animais silvestres entre outros. Além de produtos de contrabando e descaminho, saída de veículos furtados e/ou roubados para crimes de evasão de divisas.
Durante o curso os participantes – agentes de segurança militares e civis – de toda a região Norte, foram submetidos a conhecimentos teóricos e treinamento rigoroso com o fim especial de conhecerem e se adaptarem as adversidades e especificidades do terreno onde se localiza a fronteira do Vale do Juruá com os países vizinhos.