O teatro da FAAO esteve lotado na manhã desta quinta-feira, 1, para prestigiar a formação da última turma de 2016 de Bombeiros Mirins, que certificou 300 jovens em Rio Branco. No total, o governo do Estado, por meio do Corpo de Bombeiros, incluiu no programa, só neste ano, 1,1 mil jovens entre 12 e 16 anos.
A iniciativa do Bombeiro Mirim nasceu em Cruzeiro do Sul, em 2010, com apenas 45 adolescentes. Durante todos esses anos, mais de quatro mil garotos e garotas passaram pelo projeto, que tem o objetivo de reduzir as taxas de violência entre jovens, trazendo cidadania e inclusão social.
A vice-governadora Nazareth Araújo esteve presente à solenidade de certificação e não escondeu o orgulho pelo sucesso do projeto, que abrange jovens de escolas públicas e de áreas carentes do Acre.
“É muito gratificante o resultado desta ação para a sociedade civil, e nós vemos aqui a alegria dos pais e dos familiares que, mesmo em horário de trabalho, vieram prestigiar seus filhos. E num tempo de crise, conseguimos ampliar em 70% o número de vagas no programa só em 2016. Temos que agradecer também ao governador Tião Viana, o maior incentivador do programa”, conta Nazareth Araújo.
Festa
Durante o curso de Bombeiro Mirim, os jovens têm acesso a aulas de civilidade, educação ambiental, natação, mergulho, primeiros socorros e acompanhamento escolar.
No encerramento, foram realizadas diversas apresentações pelos formandos de dança, como agir em acidentes de trânsito, conscientização ambiental e um coral, mostrando o que aprenderam e a felicidade de fazerem parte do projeto.
Ana Beatriz, de apenas 12 anos, e Lucas Carvalho, 14, não escondem o orgulho de serem bombeiros mirins. Eles ficaram conhecidos por terem realizado um atendimento a vítimas de um acidente de trânsito nas proximidades do Terminal Urbano.
“Quando estávamos atravessando a rua, uma moto bateu em outra. Um dos motociclistas teve fratura na mão. Pegamos ataduras e luvas que tínhamos conosco e estancamos o sangue”, conta Ana Beatriz, orgulhosa.
Já Eduardo Silva Dias revela que a mudança foi comportamental. “Aprendi muita coisa e em vários locais. Aprendi a ser educado e mudei meu comportamento na escola. Era bagunceiro e hoje mudei muita coisa.”
O comandante do Corpo de Bombeiros, Carlos Gundim, que está indo para a reserva, afirma que o Bombeiro Mirim é um de seus maiores orgulhos. “Este é um dos engrandecimentos da nossa corporação. É um dos bônus de ser comandante, vendo um projeto social dessa grandeza. Aqui eles aprendem de tudo, e este ano inserimos pela primeira vez artes cênicas e estudo de língua. Vou para a reserva com o sentimento do dever cumprido.”