Comunitários de 16 organizações acreanas, envolvidos em atividades de manejo florestal não madeireiro, participaram nesta quinta-feira, 28, do workshop de encerramento do projeto Gestão e Sustentabilidade, em Rio Branco.
Promovido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e SOS Amazônia, o evento reuniu extrativistas, produtores e indígenas das regiões do Vale do Juruá e Taruacá/Envira, beneficiados pelo programa de qualificação e organização social.
Implementado por meio do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Acre (PDSA), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o projeto Gestão e Sustentabilidade foi executado pela associação ambientalista SOS Amazônia, selecionada pela Sema.
Durante o workshop, gestores e comunitários apresentaram o levantamento das ações desenvolvidas na iniciativa, com foco nos impactos e benefícios alcançados, prospectando desafios futuros para as organizações apoiadas.
“O Acre tem 87% de floresta preservada, por desenvolver uma política de desenvolvimento que estimula a produção sustentável, gerando emprego e renda às populações tradicionais”, salientou Edegard de Deus, secretário de Estado de Meio Ambiente.
De acordo com Miguel Scarcello, secretário-geral da SOS Amazônia, o projeto fortaleceu a gestão das cooperativas e associações. “Auxiliamos os comunitários a entender melhor seu papel e trabalhar o planejamento de suas atividades de manejo não madeireiro”, disse.
Para a presidente da Cooperativa dos Produtores Familiares e Economia Solidária da Floresta do Mogno (Coopermogno), Maria Antônia Carvalho, o projeto auxiliou no despertar ambiental dos moradores. “As pessoas gostavam de desmatar, por meio das oficinas eles compreenderam a necessidade de preservar a floresta para assegurar a nossa produção”, afirmou.
Gestão e Sustentabilidade
O projeto Gestão e Sustentabilidade qualificou produtores, extrativistas e indígenas que atuam na cadeia de óleo do buriti, murmuru, cocão, sementes florestais e andiroba em Feijó, Tarauacá e Vale do Juruá.
Marky Brito, diretor de Floresta da Sema, explica como o a iniciativa foi idealizada. “O Estado identificou a demanda de capacitação no início do PDSA, que além de melhorar a gestão nas cooperativas e associações, potencializou novas lideranças comunitárias”, frisou.
Segundo Antônio Alexandre Shawãdawa, represente da Cooperativa Pushuã, do povo Shawãdawa (Arara), a iniciativa difundiu conhecimento. “Em posse de informação, a gente vai se empoderando cada vez mais no mundo ocidental, tendo em vista que nossos conhecimentos permeiam o mundo tradicional. Essa integração permite que mostremos à sociedade nossas potencialidades”, destacou.