Dialogar, ouvir, ponderar os dois lados de uma história, mediar. Em síntese, nisso se resume o trabalho executado pelo Projeto Pacificar nas delegacias das regionais de Rio Branco, sob a coordenação da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) junto à Polícia Civil.
Para alinhar as metas de 2018 e aperfeiçoar o que vem sendo desenvolvido em todos os núcleos, agentes de polícia civil e conciliadores participam de um treinamento no auditório da Sesp, que teve início na manhã desta quarta-feira, 31, e se encerra na quinta, 1.
Segundo a delegada e coordenadora do projeto Lúcia Jaccoud, o objetivo é aprimorar o serviço oferecido à comunidade que recorre às delegacias para a resolução de conflitos. “O que mais nos estimula nesse trabalho é saber que estamos contribuindo efetivamente com as causas preventivas de segurança pública, tendo em vista que cada problema identificado em uma delegacia tenha um olhar especializado no sentido de evitar que ele venha a se tornar um crime de violência mais adiante”, explica.
O Pacificar teve início em agosto de 2015, com a missão de resgatar o diálogo e a boa convivência social. Foi estabelecido mediante resolução conjunta, na qual ficou instituído como artigo 1° que a metodologia se aplica à conciliação e mediação de conflitos interpessoais ou comunitários que constituem riscos de violência e criminalidade.
No início de 2017, o projeto deixou de ser piloto e passou a atender todas regionais de Rio Branco, disponibilizando cinco núcleos nas delegacias e um núcleo na Cidade do Povo, que dispõem de agentes de polícia e conciliadores para estimularem o acordo entre as partes envolvidas sem que se recorra ao Poder Judiciário.
Há quase um ano Isadora Oliveira é uma das conciliadoras do Pacificar. “É gratificante aprender a ouvir as pessoas e ter a certeza de que é possível ajudá-las a resolver problemas a partir do diálogo”, declara.
O também conciliador Elias de Souza Júnior completa: “Antes de participar desse projeto eu não imaginava que tantas pessoas ficavam com processos arquivados e sem soluções na área judicial, diferentemente do Pacificar, que tem impactado diretamente a vida das pessoas de forma gratuita e célere”.
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