O Governo do Estado participa da 16ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), que acontece virtualmente entre os dias 27 e 30 de abril. A liderança indígena Francisca Arara, do Povo Arara, representa o Acre, por meio de videoconferências. Na abertura, ela destacou uma série de ações do governo que beneficiam diretamente os povos indígenas acreanos.
Francisca Arara exerce a chefia do Departamento de Normatização e Registro do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC) e também representa o Brasil no Comitê Global para Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do GCF.
Ela ressaltou que mesmo diante da pandemia causada pelo coronavírus, o governo liberou o pagamento de agentes florestais indígenas, mais de R$ 2,5 milhões, para garantir a segurança alimentar nas aldeias. O benefício foi conquistado por meio da parceria entre a Cooperação Alemã, Banco Alemão KfW, Reino Unido/BEIS e Governo do Estado.
“Aqui temos políticas públicas e não é só conversa! O Acre é um Estado onde os direitos dos povos indígenas são respeitados, diferente de outros lugares onde os indígenas estão sendo expulsos de suas terras. Mesmo neste momento de pandemia, o Governo do Acre apresenta uma pauta afirmativa para garantir a permanência dos indígenas nas suas aldeias”, defendeu Francisca.
Ao ouvir os relatos dos representantes, Francisca lamentou o fato de indígenas brasileiros ainda enfrentarem graves problemas de violação de direitos.
“É triste ver que muitos irmãos indígenas sofrem, sem ter seus direitos reconhecidos. Aqui no Acre é diferente, temos o governador Gladson Cameli e o secretário Israel Milani, que trabalham alinhados para que possamos ser beneficiados e também possibilitam meios para que possamos contribuir com o processo de gestão territorial e ambiental nas terras indígenas. A liberação desses incentivos é muito importante, em tempos de Covid 19, para que os povos indígenas fortaleçam a sua segurança alimentar”, disse em uma das suas participações nos debates.
Neste ano, devido à pandemia, o Acampamento Terra Livre está sendo transmitido pela internet com a participação on-line de povos indígenas de todo o Brasil. Eles realizam, por meio de videoconferências, encontros, pajelanças, debates, mostras de filmes e danças tradicionais.