Representar os povos indígenas e a juventude acreana durante a passagem da Tocha Olímpica em Rio Branco, no Acre. Esse será o desafio de Alana Manchineri, da terra Mamoadate, em Assis Brasil, distante 330 quilômetros da capital.
Com atuação direta nos movimentos em prol da comunidade indígena, a estudante de Biologia da Universidade Federal do Acre (Ufac) conta que aprendeu desde criança como lutar por seus direitos. “Minha atuação vem desde pequena, pois meu pai foi liderança e minha mãe, militante na causa escolar indígena”, diz.
Alana conta que sua primeira participação na causa foi durante a Rio +20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. “Foi lá que comecei a perceber que poderia ajudar meu povo e meu estado. Ainda participei do Seminário da Juventude Indígena e de outros movimentos aqui no Acre”, ressalta.
Sobre a participação no revezamento da Chama Olímpica, Alana destaca: “Quando recebi o convite, pensei que essa será uma oportunidade de apresentar os indígenas de forma contemporânea, já que é um evento no qual o mundo todo está de olho. Mostrarei que os índios também podem ser condutores”.
A Tocha Olímpica passará em Rio Branco no dia 21 deste mês, e percorrerá 24 quilômetros da cidade. Ao todo, serão 120 pessoas que revezarão o símbolo dos Jogos Olímpicos Rio 2016. O trajeto se inicia no Mercado Rui Lino e termina na Gameleira, onde a Pira Olímpica será acesa.