O governo do Acre, por meio do Grupo de Gestão Integrada de Fronteiras (GGIF), realizou uma reunião extraordinária na manhã desta segunda-feira, 15, com o objetivo de analisar a situação que envolve os imigrantes no município de Assis Brasil. Na ocasião, representantes de órgãos federais e estaduais avaliaram as medidas e propuseram ações quanto à questão humanitária, de saúde pública e de segurança.
Presidida pelo secretário adjunto de Justiça e Segurança Pública, Maurício Pinheiro, a reunião online contou com a participação de representantes das polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros Militar, das Secretarias de Estado de Assistência Social, Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres (SEASDHM) é da Saúde, Ministério Público Estadual e Prefeitura de Assis Brasil.
Na oportunidade, Maurício Pinheiro esclareceu que é necessário atentar para o controle de ingresso e permanência de estrangeiros na área de fronteira nos municípios de Assis Brasil e Brasileia.
A titular da SEASDHM, Ana Paula Lima, esclareceu que os encaminhamentos foram dados no sentido de realizar o devido apoio ao município. “A SEASDHM dará suporte à secretária municipal e ao prefeito no que diz respeito ao acolhimento desses imigrantes. Deixamos na prefeitura cestas básicas e kits de higiene. Sabemos que o governador também já entrou em contato com Ministério das Relações Exteriores para tratar sobre a questão”, disse.
Outro ponto discutido durante o encontro foi a preocupação em relação à saúde da população, diante da aglomeração formada na Ponte da Integração.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Cesar Gomes, afirmou que encaminhou um reforço policial. “Nós entendemos que o problema está bem concentrado na ponte, mas vamos fortalecer o policiamento no município”, afirmou.
Já o delegado-geral de Polícia Civil Josemar Portes ressaltou: “Estamos preocupados com o impacto desse movimento na segurança. Estamos atentos. Temos dois delegados na área e mais os agentes”.
Representando o Ministério Público Estadual, o procurador de Justiça Sammy Barbosa destacou que esse não é um problema novo no Acre. “O Acre é um estado que guarda certas peculiaridades, justamente pela situação geográfica. Esse é um problema multifacetado, que precisa ser visto de vários ângulos e não apenas pela perspectiva da Segurança Pública. O governo federal precisa intervir, pois os municípios não têm condições de resolver sozinhos. Esse não é um problema apenas de Assis Brasil, mas é um problema do Brasil”, afirmou.