Um levantamento feito em 2016 pelo Ministério da Saúde (MS) e divulgado esta semana demonstra que Rio Branco é a capital do Brasil que apresentou maior redução anual na prevalência de fumantes, no período de 2006 a 2016, seguida de Boa Vista, em Roraima.
Além disso, a pesquisa Vigitel, que é realizada por inquérito telefônico, informa ainda que no período citado houve redução de 35% na prevalência de fumantes no Brasil, passando de 15,7% para 10,2%.
Segundo a responsável pelo Programa Estadual de Controle do Tabagismo, Silene Nunes, os números refletem o trabalho conjunto desenvolvido pelo governo do estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), e os municípios que tem investido em campanhas de conscientização contra o fumo e disponibilizam o tratamento para aqueles que desejam parar de fumar.
“O estado iniciou em 2005 treinamentos para que profissionais de saúde passassem a atuar no tratamento do tabagismo e em 2006 o programa foi implantado no estado. Desde então, viemos desenvolvend um trabalho educativo nas escolas e comunidade e esse resultado é muito bom, mas ainda pode melhorar”, afirmou.
Atualmente, 10 unidades básicas de saúde e o Hospital das Clínicas (HC) de Rio Branco disponibilizam o tratamento para fumantes. “O estado disponibiliza o adesivo de nicotina, a goma de mascar e a medicação oral para ansiedade de forma gratuita”, informou Silene.
Apesar dos bons resultados, ainda há muito a ser feito na capital acreana no combate ao cigarro. Mesmo com a redução, Rio Branco é a décima capital brasileira onde mais se fuma.
Tabagismo no Brasil e no mundo
Estima-se que ¼ dos homens e 1/20 das mulheres fumem diariamente em todo o país. O tabagismo é o segundo maior fator de risco causador de mortes prematuras e incapacidades. Estima-se que 19 milhões de pessoas fumaram diariamente no Brasil em 2015. Eram 26 milhões em 1990, a prevalência reduziu em 56%.
No Brasil, o tabagismo é responsável por 156.216 mortes por ano, 18% das mortes por angina e infarto do miocárdio, 74% das mortes por bronquite crônica e enfisema pulmonar e 78% dos casos de câncer no pulmão (entre os restantes, um terço é de fumantes passivos).