Na tarde da quarta-feira, 6, a Secretaria de Estado de Assistência Social, de Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres (SEASDHM) promoveu uma roda de conversa no auditório da prefeitura de Assis Brasil, com funcionários da Casa de Passagem Otonoel de Souza Martins Oliveira e membros religiosos que provém ajuda para migrantes que passam pelo município.
Alan Oleskovicz, superintendente da Abin no Acre, valoriza o apoio do estado às questões migratórias. Um dos propósitos da viagem, é a busca de aproximação entre o Brasil e o Peru. Feito realizado após conversa com autoridades da segurança peruana. Onde foi identificado como é feito o transporte de migrantes entre localidades e a troca de contatos foi estabelecida. Tudo com o objetivo de tentar identificar o fluxo de migração e antecipar ações para que ele ocorra da melhor maneira possível.
Muitos países sofreram com a pandemia de Covid-19 e um deles foi o Peru, que tem passado por problemas econômicos e isso atinge diretamente os migrantes, que atualmente se sentem inseguros de residir no país e saem em busca de um lugar melhor.
A Abin tem realizado viagens e estudos que relatam a realidade dos municípios que lidam diretamente com a migração, frequentemente alertando o governo federal, para que medidas antecedentes possam ser tomadas, com o intuito de evitar futuras crises.
A secretária da SEASDHM, Ana Paula Lima, ressalta que o governo se encontra à disposição para apoiar e acompanhar de perto as questões migratórias que o município encontra por ser fronteira com o Peru. “É valoroso unir todos os órgãos e instituições possíveis para juntos contribuirmos e executar uma melhor gestão das questões migratórias”, levanta a gestora, que acredita que crises migratórias podem ser evitadas com o que foi aprendido em experiências anteriores enfrentadas pelo estado.
Inara Holanda, assistente social da Casa de Passagem de Assis Brasil, trabalha auxiliando os migrantes na retirada de documentos e os orienta como chegar à destinação desejada. “Muitos visam ir para o Sul e Centro-oeste do Brasil, onde já contam com familiares e amigos que foram para essas localidades motivados a trabalharem em fábricas e colheitas”, relata a trabalhadora, reforçando a ideia de que nenhum deles pretende se firmar no estado do Acre, sendo apenas uma rota de passagem.
Membros da igreja católica do município também ouviram e contribuíram para a conversa sobre o fluxo migratório, sempre dispostos a acolher e guiar aqueles que necessitam de apoio.