A previsão de produção de pescado no Estado do Acre para a safra 2014/2015 é de 22 mil toneladas. Os dados são do Ministério da Pesca e Aquicultura. Até 2011 a produção não passava de 4.100 toneladas. Com o investimento do governo do Estado, destinado à construção de tanques e açudes, no valor de R$ 26 milhões, além de assistência técnica, já foram escavados 4.200 atendendo a 3.500 famílias de produtores.
Uma parceria público-privada instituída no início de 2011 implantou o Complexo de Piscicultura do Acre. A entidade reúne pequenos, médios e grandes criadores de peixes, investidores e o governo do Estado, em uma ofensiva para tornar o Acre o maior criador e exportador de peixes de cativeiro da Amazônia.
Para dimensionar o alcance socioeconômico desta iniciativa, basta percorrer propriedades rurais de todas as regiões do estado e conferir as inúmeras obras de abertura de tanques escavados para piscicultura. Segundo o titular da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Mamed Dankar, o número de tanques escavados resulta em 1.900 hectares de lâmina d água que, com o manejo adequado, poderá gerar uma produção de 22 mil toneladas de pescados.
Com unidades de cultivo em todo o estado e de processamento em Rio Branco e Cruzeiro do Sul (cerca de 700 km a oeste da capital) – a estrutura de cultivo de peixes utilizará a Estrada do Pacífico para escoar a sua produção para o mercado internacional.
Por meio dessa via o Acre se qualificou como a porta brasileira de acesso ao mercado asiático e andino. Com aproximadamente 2.600 km de extensão internacional, a rodovia – totalmente pavimentada – liga Rio Branco, a capital acreana, aos portos peruanos de Ilo e Matarani, no litoral do Pacífico. Também a partir de Rio Branco, outras rodovias, no lado brasileiro, dão acesso aos mercados do Centro-oeste, Sudeste e aos portos do Atlântico.