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O governo do Acre, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), possui há dois anos a salvaguarda cultural do modo de preparo da farinha de Cruzeiro do Sul. A Divisão de Patrimônio Histórico e Cultural (DPHC) da FEM iniciou suas pesquisas em 2014 e realizou seu registro em 28 de setembro de 2019, data de aniversário do município.
Mas, afinal, o que é uma salvaguarda? É uma medida de proteção oficial a algo. No caso da farinha, foi salvaguardado o registro do modo de fazer, não do objeto, constituindo-se a produção da farinha de Cruzeiro do Sul um patrimônio histórico imaterial do Estado do Acre.
Homens produzem farinha. Foto: acervo DPHC/FEM
O alimento, tão comum na culinária acreana, é o primeiro bem de natureza imaterial que é salvaguardado via decreto governamental. Proverbialmente tida como “especial”, a farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul é conhecida na região como “a melhor do mundo”. Com qualidade e notoriedade pública reconhecidas, o bem recebeu o Selo de Indicação Geográfica concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), que lhe assevera qualidade de origem e procedência.
Aspecto do preparo da farinha. Foto: acervo DPHC/FEM
O processo de salvaguarda de um bem ocorre por meio da indicação geográfica (IG) de um produto, medida para proteger e defender a sociobiodiversidade como patrimônio comum da humanidade. As IGs possibilitam salvaguardar características locais e regionais.
Uma das vantagens desse reconhecimento oficial, registrado em sua rotulagem, é que oferece garantia ao consumidor e uma proteção contra a utilização fraudulenta do nome do produto, resultando na fidelidade do cliente. Sendo assim, afiançar esse bem não é apenas uma questão econômica, mas também de legitimar a reputação do item, ligada às peculiaridades da região.
Antropóloga Irineida Nobre: “Empoderamento da comunidade produtora”. Foto: acervo DPHC/FEM
A comunidade produtora acredita que o que faz a farinha ser tão famosa é a dedicação e o zelo com o produto. A farinha de Cruzeiro do Sul tem um processamento diferenciado das outras farinhas, que lhe confere uma qualidade única.
Irineida Nobre, antropóloga do DPHC da FEM, explica que um bem salvaguardado é o retrato da identidade de uma comunidade. E acrescenta: “A salvaguarda de um bem é muito importante por empoderar a comunidade produtora, além de dar visibilidade e estimular o ensinamento para seus descendentes, e de auxiliar no valor de mercado do produto. O empoderamento social das comunidades é essencial, pois todos ganhamos com um bem que é nosso”.
A farinha de Cruzeiro do Sul é um artigo conceituado nos estabelecimentos comerciais acreanos. Foto: acervo DPHC/FEM
Amarela, crocante, com ou sem coco, sua coloração, variações e acidez são apenas algumas das características que a adjetivam. O que qualifica a farinha de Cruzeiro do Sul são seus aspectos culturais e simbólicos, além dos conhecimentos aprofundados dos pequenos agricultores, que são passados de pai para filho. A dedicação e cuidado com a produção, por meio da agricultura familiar, é o que demonstra uma mescla de conhecimentos tradicionais seculares e elementos de origem indígena.
O processo é mais importante do que o produto em si, pois qualifica e influencia os demais fatores. Por esses motivos familiares e afetivos, a produção da farinha despontou na região, fazendo parte da formação, da organização e da identidade do território. Além da famosa crocância, dos aromas e diversos sabores, a farinha é um elemento fundamental para a historicidade do povo acreano.