Teve início na última segunda-feira, 12, a Operação Gota, ação realizada pelo o Ministério da Saúde (MS) e pelo governo do Estado do Acre, por meio das secretarias de Saúde estadual e municipal, que quer atualizar a caderneta de vacina da população ribeirinha e rural das localidades de difícil acesso.
A ação conta também com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), que ofereceu helicópteros para facilitar o acesso das equipes de saúde.
A operação tem como objetivo imunizar a população de doenças como coqueluche, tétano, febre amarela, poliomielite e hepatite B, entre outras. Três bases foram estabelecidas no estado: Rio Branco, Tarauacá e Cruzeiro do Sul. Cada base atenderá as localidades dos municípios prioritários.
O primeiro município a receber a operação foi Sena Madureira. Doze localidades foram atendidas desde a última quarta-feira, 14 até sexta-feira, 16. Os municípios de Feijó, Tarauacá e Jordão recebem as equipes de 19 a 20 de junho e Cruzeiro do Sul, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo de 21 a 24 de junho. No total, 38 localidades de difícil acesso serão atendidas até o fim da operação, prevista para se encerrar no próximo dia 26.
Mais de 80 profissionais das três esferas estão envolvidos para atender uma estimativa de 4,1 mil pessoas. “Essa é uma forma de garantir acesso às vacinas que compõem o calendário de vacinação da família a todas as populações do estado, em acondicionamento adequado, reduzindo riscos de alteração da temperatura e garantindo a qualidade do produto. Buscamos os não vacinados, atualizamos cartão de vacina e melhoramos, assim, os indicadores de cobertura vacinal”, explicou a coordenadora da Divisão de Imunização e Rede de Frio do Acre, Maria Auxiliadora Holanda.
Operação Gota
A operação Gota teve início em 1989, quando a Força Aérea Brasileira começou a apoiar as ações de saúde no Estado do Amazonas, para vacinar áreas indígenas da região do Alto Rio Negro.
Em 1996, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) assumiu a coordenação da operação e ampliou a área de atendimento para áreas indígenas, rurais e ribeirinhos dos estados do Acre, Roraima, Amapá, Pará, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Por ano, são atendidos 57 municípios, 1.450 comunidades e mais de 200 mil pessoas em todo o Brasil.