O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), abriu oficialmente, nesta segunda-feira, 4, às 17h, a campanha Outubro Rosa, movimento que simboliza a luta mundial contra o câncer de mama. A solenidade foi realizada frente ao Palácio Rio Branco, na capital, e contou com a presença de instituições parceiras, servidores públicos e representantes da câmara de vereadores.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil, sendo que na Região Norte o câncer do colo do útero ocupa o primeiro lugar.
A secretária de Saúde, Paula Mariano, que representou o governador Gladson Cameli e a primeira-dama Ana Paula Cameli, convidou a população a levantar a bandeira da prevenção contra a doença, que tem cura, desde que o diagnóstico seja precoce e o tratamento iniciado em tempo hábil.
“O câncer de mama é o mais prevalente na população feminina mundial e brasileira, excluindo-se os casos de câncer de pele não melanoma. Neste mês de outubro, a gente vem chamar a atenção para a necessidade de as mulheres se tocarem, fazerem o autoexame e buscarem o serviço de saúde para realizar os exames preventivos, lembrando que um diagnóstico precoce representa mais chance de vida, e tratamento precoce maior chance de cura”, ressaltou Paula Mariano.
Para a secretária, o diagnóstico precoce é uma das estratégias de tratamento bem-sucedido em todo o mundo. Por isso, é importante que o processo de conscientização das mulheres seja persistente e contínuo. “Não é só no Outubro Rosa que elas devem buscar o serviço de saúde, mas todos os dias. E aproveito o momento para lembrar que o câncer de mama também pode aparecer na população masculina e os cuidados devem ser os mesmos”, acrescentou.
A banda da Polícia Militar, a Furiosa, proporcionou momentos de alegria aos que prestigiaram o evento.
Depoimento
Gleyce Braz é servidora pública do Estado e atua no Centro de Controle Oncológico do Acre (Cecon). Em depoimento durante o ato, ela contou que, embora sempre tenha levantado a bandeira da prevenção contra o câncer de mama e de colo de útero, sobretudo nas ações do Outubro Rosa, esqueceu-se de cuidar de si. Mesmo incentivando outras mulheres a se cuidarem e se prevenirem, nunca havia feito uma mamografia, por medo do diagnóstico.
“Aos 44 anos, as minhas gerentes me conduziram coercitivamente para fazer a mamografia, porque eu sempre resisti em fazer. Fiz a mamografia em agosto de 2019, e engavetei o resultado. Em janeiro de 2020 descobri um câncer de mama em estágio avançado, ou seja, posterguei o tratamento. Mas graças a Deus hoje estou curada. Contudo, foi tudo muito difícil e dolorido. Por isso, com o meu exemplo, quero aqui fazer um apelo a todas as mulheres do nosso estado a não terem medo de se cuidar. Não tenham medo do diagnóstico, e tampouco da dor que pode ocorrer em alguns exames, pois mais dolorido ainda é tratamento”, declarou Gleyce.
Como surgiu o movimento Outubro Rosa
O Outubro Rosa foi criado no início da década de 1990, quando o símbolo da prevenção ao câncer de mama (o laço cor-de-rosa) foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira corrida pela cura, realizada em Nova York (EUA). Desde então, o movimento é promovido anualmente. A campanha é celebrada no Brasil e no mundo com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre o câncer de mama, a fim de contribuir para a redução da incidência e da mortalidade pela doença.