Quando nasce uma criança, junto com ela também surgem alguns medos e dúvidas. A maior preocupação de toda mãe de primeira viagem é com a alimentação do recém-nascido. Amamentar já foi um ato instintivo e ninguém precisava aprender a dar o peito aos filhos.

Mas as chupetas, as mamadeiras e as fórmulas infantis ganharam espaço, e esse saber foi se perdendo ao longo dos anos, com a ajuda da influência das mídias. Hoje, não é mais apenas a intuição de nossas tetravós, para quem o leite materno era de longe o melhor alimento da primeira infância. A ciência prova e comprova que amamentar é bom não só para a saúde do bebê, mas também para a da mulher.

Com o leite materno, o bebê terá menos probabilidade de desenvolver diversas doenças, como asma, alergias alimentares, rinite, bronquite e tantas outras. Já para as mães, além da perda de peso com mais facilidade, pesquisas apontam que o risco de câncer de mama diminui em quase 5% a cada 12 meses de amamentação.

O leite materno é tão precioso que os pediatras costumam chamá-lo de primeira vacina da criança. Para reforçar ainda mais a importância da amamentação, profissionais da Atenção Básica do Baixo e Alto Acre, passam por uma capacitação sobre o manejo clínico em aleitamento materno, no auditório do Hospital Santa Juliana.

O curso teve início nesta terça, 4, e segue até quinta-feira próxima, e é realizado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), por meio da Divisão da Criança e Aleitamento, em parceria com a Área Técnica de Saúde da Mulher, Maternidade Bárbara Heliodora e Hospital Santa Juliana.

O objetivo da capacitação, segundo a gerente da Área de Alimentação e Nutrição da Sesacre, a nutricionista Deltirene Cardoso, é que os profissionais possam discutir com as gestantes a importância da amamentação e realizar práticas que apoiem o início e o desenvolvimento da amamentação, como auxiliar as mães no aprendizado das técnicas corretas de posicionamento e pega da mama pelo bebê, bem como na identificação de obstáculos à amamentação e maneiras de superá-los.

“Capacitando os técnicos da atenção primária em aleitamento eles vão ficar mais habilitados em abordar o assunto com as mães, conseguindo defender e promover de uma maneira melhor a proposta de trabalho, que é a amamentação. Se as crianças mamam mais, a gente previne uma séria de problemas futuros como a obesidade infantil, além do principal, que é a redução da mortalidade infantil”, destaca.