O governo do Acre tem contribuído para levar vacina de combate à covid-19 a todo o estado e, para continuar nesse empenho, a Saúde liberou aos imunossuprimidos – indivíduos que têm baixa imunidade, seja natural ou adquirida – uma dose extra de vacina, para que continuem protegidos contra a doença.
Por apresentar mais suscetibilidade a doenças graves, esse grupo precisa de uma reposição de anticorpos mais rápida do que a população em geral. A possibilidade de se vacinar com quarta dose da vacina, que foi liberada em dezembro, após orientação do Ministério da Saúde aos estados, traz mais chances de completar o esquema vacinal e manter os cidadãos acreanos seguros contra a covid-19.
Em um informe técnico, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio Programa Nacional de Imunização Estadual (PNI), enviou uma orientação técnica aos municípios acreanos em dezembro sobre a vacinação dessa clientela.
De acordo com o documento, entende-se por imunossuprimidos e que podem tomar quarta dose:
- Portadores de imunodeficiência primária grave;
- Pacientes em quimioterapia;
- Transplantados de órgãos sólidos ou de células-tronco, ou que fazem uso de drogas imunossupressoras;
- Pessoas vivendo com HIV/aids;
- Usuários de prednisona (corticoide) em doses diárias iguais ou superiores a 20mg, ou substâncias equivalentes, por período igual ou superior a 14 dias;
- Usuários de drogas modificadoras da resposta imune;
- Pessoas com doenças autoinflamatórias e doenças intestinais inflamatórias;
- Pacientes em hemodiálise e
- Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.
“A proteção de anticorpos do imunodeprimido cai mais rápido do que na população comum, por isso existe a necessidade de uma quarta dose. O esquema ideal para a pessoa com imunossupressão grave é: 28 dias depois de ter tomado a segunda dose, imunizar-se com a dose adicional, e depois de quatro meses, tomar a dose de reforço”, destaca a coordenadora do PNI Estadual, Renata Quiles.
A gestora ressalta ainda que o informe técnico foi passado aos municípios e que, por conta do tempo de espera entre primeira e segunda dose, a maior parte desse público só começou a tomar o imunizante adicional em janeiro.
Para tomar esse reforço, os imunossuprimidos devem procurar as unidades de saúde que fazem a imunização do público adulto. O laudo para imunodepressão só é necessário caso o paciente não tenha apresentado o documento no ato de vacinação de primeira ou segunda dose.
Confira como fica o esquema vacinal de imunossuprimidos acima de 18 anos:
- 1ª dose Coronavac + 2ª dose (28 dias) Coronavac + dose adicional (28 dias) Coronavac = reforço (4 meses) Pfizer/Fiocruz/Janssen
- 1ª dose Fiocruz + 2ª dose (30 dias) Fiocruz + dose adicional (28 dias) Fiocruz = reforço (4 meses) Pfizer/Fiocruz/Janssen
- 1ª dose Pfizer + 2ª dose (21 dias) Pfizer + dose adicional (28 dias) Pfizer = reforço (4 meses) Pfizer/Fiocruz/Janssen
- dose única Janssen + reforço (2 a 6 meses) Janssen