O secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, Glenilson Figueiredo, recebeu na tarde desta quarta-feira, 17, o representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para discutir a continuidade das ações de pesquisa e assistência técnica na Terra Indígena Kaxinawá de Nova Olinda.
Localizada em Feijó, a área possui 27 mil hectares, onde moram 492 índios. De 2011 a 2013 a Embrapa em parceria com o governo do Estado desenvolveu ações de fortalecimento da agricultura, plantas medicinais, levantamento de espécies de roçado, manejo de pragas de doenças das plantas, produção de mel e farinha. A Seaprof, juntamente com a Emater, são as responsáveis pela assistência técnica dessas ações.
O pesquisador da Embrapa, Moacir Haverroth, enfatiza as mudanças na qualidade de vida na comunidade indígena durante os três anos de execução do projeto. “A gente percebeu uma melhoria bastante sensível na produção de bananas, tivemos uma reestruturação da produção de mandioca e farinha. Os roçados eram distantes, o que dificultava o trabalho. Com a construção de três casas de farinha, reorganizamos e melhoramos a produção”, afirma.
Novo termo de cooperação técnica
A boa notícia para a comunidade indígena é que está garantida a continuação das ações por meio do projeto “Etnoconhecimento e Agrobiodiversidade entre os Kaxinawá de Nova Olinda – Fase II”.
E mais uma vez o governo do Estado vai ser parceiro. No encontro desta quarta-feira, 17, foi acertada a assinatura de um termo de cooperação técnica entre a Embrapa e o governo do Acre pelos próximos três anos. “A Embrapa tem como missão produzir conhecimento e a Seaprof é a responsável pela assistência técnica. O que estamos fazendo aqui é unir os braços para aumentar o alcance e garantir melhoria na qualidade de vida das famílias indígenas”, enfatiza Eufran Amaral, chefe-geral da Embrapa no Acre.
Dinah Borges, responsável pela divisão de extensão indígena na Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), comemora a continuação da parceria pelos próximos três anos, principalmente pela possibilidade de replicar a experiência que vem alcançando resultados positivos em outras comunidades indígenas.
A experiência do trabalho em parceria da Embrapa, Seaprof e Emater na Nova Olinda tem sido extremamente importante porque conseguiu unir pesquisa e extensão. Nós conseguimos fortalecer as duas associações com a participação dos indígenas. Agora, o desafio é levar esse aprendizado para outras comunidades”, explica.