O governo do Estado, por meio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), vem trabalhando para ampliar e melhorar a qualidade da castanha acreana.
Um desses esforços acontece com os planos de gestão da cadeia de valor da castanha. Os planos, financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), envolvem a aquisição de animais e barcos para o escoamento da produção, construção de armazéns para o correto armazenamento e cursos de boas práticas da castanha.
Para chegar onde existe produção de castanha na imensidão das florestas no Acre, é preciso enfrentar vários obstáculos. Um deles é a distância das comunidades.
Uma equipe da Seaprof, liderada pela engenheira agrônoma Diana Cristina Braga, coordenadora da cadeia produtiva da castanha, viajou dez horas de voadeira para chegar até a Associação dos Produtores Extrativistas São José do Rio Espalha.
Na comunidade, existem 20 famílias que têm na coleta de castanha a principal atividade econômica. A produção é de quatro mil latas, mas a Seaprof já identificou que é possível mais do que dobrar essa produção.
Durante a oficina de elaboração do plano de gestão da cadeia de valor, os extrativistas tem a oportunidade de apresentar quais as principais dificuldades para garantir uma castanha de qualidade.
Segundo dados da Seaprof, por falta de condições de armazenamento, escoamento e boas práticas, metade da produção de castanha é perdida no estado. “Com esse plano de gestão temos uma melhora sensível na qualidade da castanha com construção de armazéns e o curso de boas práticas para que, por meio dos equipamentos, eles coletem a castanha de forma adequada e um barco que facilite escoar a produção”, enfatiza Diana Cristina Braga.