O secretário de Segurança Pública do Acre, Emylson Farias, participou nesta terça-feira, 17, de uma reunião no Ministério da Justiça e Cidadania (MJC), com o ministro Alexandre de Moraes, em Brasília.
Com os secretários de Segurança das 27 unidades da federação, tratou-se da situação carcerária nacional, da interiorização do crime, da briga por território e da disputa pelo domínio do tráfico de drogas nas fronteiras, entre outros assuntos relacionados à segurança pública em todo país.
“Não é de hoje que as organizações criminosas decidiram aumentar seus domínios. Elas deslocaram integrantes das grandes capitais e arregimentaram adeptos nas cidades de pequeno e médio portes. Dessa forma, a disputa pelo comando da criminalidade passou a ser exercida em nossas cercanias”, disse Farias.
Ainda segundo o secretário, para entender o quadro atual é necessário conhecimento do deslocamento da produção e da comercialização de drogas na América Latina.
“Na medida que a Colômbia deixa de ser a central da produção do tráfico internacional, aumenta a importância do Peru e da Bolívia como corredores do tráfico. E como temos fronteira com esses dois países, somos afetados diretamente por essa nova organização geopolítica”, acrescentou.
Em seguida, os secretários de Segurança Pública se reuniram com o ministro de Estado chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general de Exército Sérgio Etchegoyen.
Diretores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da Polícia Federal, da Receita e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) também participaram do encontro.
Dever de casa
Emylson Farias destacou que o governador Tião Viana, nos últimos anos, tem investido na contratação de centenas de policiais, na aquisição de equipamentos e na área de inteligência.
Em 2017, o estado possui em conta quase R$ 20 milhões para a reestruturação das forças policiais, além outros R$ 40 milhões para melhorar o sistema penitenciário.
“O propósito do governo do Acre e da nossa gestão à frente da Segurança é fazer com que os recursos investidos sejam revertidos numa segurança pública de melhor qualidade”, finalizou.