Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) revela a redução de 68,89% no índice de homicídios no Estado do Acre no mês de janeiro de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020. Na capital, Rio Branco, a redução foi ainda maior, com o percentual de 70,27%.
O relatório foi produzido pelo Centro Integrado de Inteligência em Segurança Pública (Ciisp) e demonstra o resultado do trabalho integrado das forças de segurança pública do Acre.
De acordo com o instrumento, de 1º a 31 de janeiro de 2020, foram registrados 45 homicídios em todo o estado. Já durante o mesmo período de 2021, o número caiu para 14, o que representa uma redução de 68,89%. No cenário da capital, em janeiro de 2020, 37 homicídios foram registrados, enquanto que nos primeiros 31 dias de 2021 o quantitativo foi de 11, alcançando o índice de 70,27%.
O secretário de Justiça e Segurança Pública, Paulo Cézar Santos, explica que a redução nos índices é fruto de uma política denominada “policiamento orientado para o problema”, pautada na análise criminal e na ciência criminal, que determina os locais onde a polícia deve estar presente. “Também de uma política baseada no trabalho da inteligência, que consegue prever e se antecipar às ações das organizações criminosas e, consequentemente, promover a apreensão de entorpecentes e armas, o que impacta efetivamente na redução da violência”, ressalta.
Quanto ao trabalho a ser desenvolvido ao longo do ano, o secretário esclarece que a tendência é ampliar o leque de ações, com a integração entre todas as forças de segurança. “Teremos outras operações. Temos uma força-tarefa junto à Polícia Federal e as polícias locais, que voltam a atuar com força total, e ações das especializadas da Polícia Civil e Polícia Militar”, diz.
Paulo Cézar Santos ainda destaca a política de premiação por apreensão de armas de fogo, efetivada por policiais em serviço, o que, segundo ele, garantirá uma condição diferenciada de redução da violência: “Já percebemos esse reflexo no primeiro mês, com uma redução muito impactante, não só de homicídios, mas de latrocínios e feminicídios, que deixaram de ser registrados. Isso é fruto dessa política, desse modelo de ação em que se prioriza o cidadão em detrimento das organizações criminosas”.