Em coletiva realizada na manhã desta quarta-feira, 7, na sede da Polícia Civil em Rio Branco, os representantes da Segurança Pública do Acre divulgaram os dados e ações realizadas no estado desde a última segunda-feira, 5, quando, após a morte de dois assaltantes, uma série de crimes foi desencadeada.
Durante a noite de terça-feira e madrugada de quarta, mais de 300 pessoas, entre membros das polícias Militar, Rodoviária Federal, Civil, do Exército e Força Nacional atuaram de forma integrada na capital e no interior. “Estamos investigando todas as situações e temos uma gama de delegados e agentes empenhados nessa operação,” reforçou diretor de Polícia Civil da Capital e Interior, delegado Nilton Boscaro.
Foram presas dez pessoas, das quais uma nas cidades de Sena Madureira e Plácido de Castro e as demais em Rio Branco. “Foram presos braços criminosos dessas ações, pessoas que atearam fogo, davam apoio, ou mesmo compravam gasolina para atear fogo,” explicou o delegado Alcino.
Segundo as polícias, um total de 14 veículos foram incendiados, incluindo cinco ônibus, um deles 100% atingido, além de dois telefones públicos, que foram danificados. Para coibir as ações de criminosos, todas as saídas da cidade foram controladas e cada instituição está com operações na sua área de atuação. A Segurança Pública esclareceu que não houve nenhuma agressão direta a cidadãos, nem policiais.
Em relação às escolas, ocorreu apenas um incidente na Escola Maria Raimunda Balbino, localizada na Sobral. O incidente foi rapidamente contido na madrugada desta quarta-feira e apenas a janela de uma sala de aula foi danificada. Ao longo do dia, as aulas transcorreram normalmente.
“Pedimos à população que, em caso de dúvida, contate a polícia, seja nas delegacias, seja para fazer a denúncia. Vocês são nossos parceiros”, destacou o delegado Alcino.
Entenda o caso
Na tarde de segunda-feira, 5, a tentativa de assalto a uma clínica na capital foi frustrada por ação de policial, à paisana, que atirou nos assaltantes. Os criminosos foram socorridos, mas, horas depois, morreram. Desde terça-feira, uma série de boatos circulou na capital e em outras cidades.
Diversos áudios e falsas informações que incluíam ameaças de morte de policiais, incêndios em ônibus e prédios públicos, além de arrastões começaram a se espalhar nas redes sociais. Os órgãos integrados de Segurança Pública agiram rapidamente e esclareceram aquilo que era verídico e desmentiram o quer era falso. As ações das polícias continuam, até que a sensação de segurança retorne.