A região de fronteira do Brasil com a Bolívia e o Peru foi ocupada por militares e civis de oito instituições do Estado e da União. Cerca de 200 homens participam da Operação Esforço Integrado que teve início na manhã de sexta-feira, 29, em pelo menos quatro cidades da região do Alto Acre.
“A Operação Esforço Integrado conta não só com os efetivos das polícias do Estado e também as Federais e o Exército Brasileiro, tendo inclusive apoio de mais de 150 homens do lado boliviano nas cidades situadas na faixa de fronteira. Ações também que são replicadas no Peru”, ressaltou o coronel Glayson Dantas, secretário de Integração Operacional da Segurança Pública.
No Acre, a ação é coordenada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) em conjunto com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). A previsão é realizar pelo menos 24 horas de ação integrada nas fronteiras com tropas militares do Exército Brasileiro, Polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), e também as Polícias Civil (PC) e Militar do Acre (PMAC), além do Corpo de Bombeiros, Detran/AC e Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).
Esforço Integrado
Coordenada pelo Ministério Extraordinário da Segurança Pública, a Operação Esforço Integrado já foi realizada em outros estados situados na faixa de fronteira, como Mato Grosso do Sul, Amazonas e Rondônia, e é fruto das reivindicações dos governadores dos Estados fronteiriços que cobram uma maior atuação da União no controle do que entra e sai do Brasil, buscando a garantia da soberania nacional e coibir crimes transnacionais.
A Carta do Acre, assinada por mais de 20 governadores dos estados e do Distrito Federal, cobra uma maior atuação das forças federais no controle das fronteiras bem como a criação de um Sistema Nacional Integrado para compartilhamento de informações atuação conjunta nessas regiões e a liberação de verbas por meio de um Plano Nacional de Segurança Pública.
“Apesar de não ser nossa atribuição constitucional, não nos curvaremos ao narcotráfico e continuaremos sempre alertas e vigilantes no enfrentamento à criminalidade transnacional. As fronteiras precisam ser ocupadas pelo governo federal, pois do contrário a nossa luta contra as organizações criminosas, que buscam a ocupação do espaço territorial, será comprometida. É preciso cortar o mal pela raiz, impedir a entrada das drogas no nosso país”, completou o secretário de Segurança Pública do Acre, Vanderlei Thomas.