Integrar ações das forças estaduais e federais é o desafio das instituições que operam nas diversas frentes da Segurança Pública do Acre, com vistas a coibir, sobretudo, a incidência dos crimes transfronteiriços. Nesse sentido, representantes de instituições estiveram em reunião nesta sexta-feira, 18, na Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sesp).
A convite do gestor da Sesp, Vanderlei Scherer Thomas, reuniram-se as polícias Civil (PC), Militar (PM), Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), o Corpo de Bombeiros, o Exército Brasileiro, a Aeronáutica e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
De acordo com o secretário, a agenda é estratégica no desdobramento de um encontro de todos os gestores da Segurança Pública das regiões de fronteira brasileira, realizado no início deste mês em Brasília. O encontro foi em decorrência da recente criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública, que pretende estabelecer uma política nacional de segurança em consonância com os estados.
Da ida dos representantes estaduais ao Distrito Federal, duas tratativas foram designadas em forma de protótipo, a serem analisadas e finalizadas junto às instituições para, enfim, serem homologadas. Trata-se do Plano Integrado Estadual de Segurança Pública e do Plano Operacional Padrão Integrado, que, em linhas gerais, envolvem questões relacionadas à gestão e aos procedimentos operacionais a serem adotados a partir de operações conjuntas e contínuas.
“Hoje foi dia de apresentar a essas instituições de segurança a existência desses planos, para que tenham ciência e possam fazer a adesão a eles, de modo a fazer as devidas interferências, cada órgão dentro de sua competência, até chegarmos à finalização dos dois planos e definirmos as áreas de atuação. Os próximos passos serão de novos encontros, visto que o diálogo com Brasília continuará nos próximos dias nesse sentido”, informa o gestor.
Os encaminhamentos sobre a execução dos planos visam a repressão de crimes fronteiriços, principalmente o tráfico de drogas e de armas. Para Vanderlei Thomas, esse é mais um motivo para se comemorar no âmbito da segurança, por ser resultado das solicitações encabeçadas pelo Acre feitas ao governo federal pela necessidade de se olhar para as fronteiras do Brasil.
Esta semana, a proposta da criação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), que consta na Carta do Acre – assinada pelos Estados durante o Encontro de Governadores pela Segurança, realizado em outubro de 2017, em Rio Branco -, foi aprovada no Plenário do Senado e segue agora para sanção presidencial.
“Temos afirmado que a União precisa fazer o repasse dos recursos devidos para o combate efetivo da criminalidade na área de fronteira, porque segurança pública não se faz sem recursos. E esse é um dever que a União tem com os estados. Aqui sempre estivemos dispostos e estamos na luta no dia a dia nos centros urbanos, mas também sempre dispostos a colaborar com o combate aos crimes de fronteira, desde que nos sejam dados os aportes financeiros condizentes com a atuação”, completou Vanderlei Thomas.