“Nossa missão é fortalecer e pactuar ações que, independentemente do término da atual gestão, possam se estender pelos próximos governos.” A afirmação do secretário de Estado de Saúde, Rui Arruda, marca a abertura do I Seminário Estadual de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT), na manhã desta segunda-feira, 21.
O evento segue até o próximo dia 23, no auditório do Nóbile Suítes Hotel, em Rio Branco, e reúne técnicos e coordenadores dos 22 municípios acreanos vinculados à Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). O objetivo do encontro é discutir o plano de ação e os protocolos das doença e agravos não transmissíveis que serão implantadas na rede de serviço da assistência da atenção básica e vigilância.
“Contamos com a presença dos 22 municípios e vamos trabalhar desde o ponto primordial, que é a questão da família junto à atenção primária, vindo para as nossas unidades que também notificam os casos de violência, assim como também as doenças que são classificados como agravos não transmissíveis, que envolvem doenças cardiovasculares, doenças do trato respiratório e ainda a violência no trânsito”, destaca o diretor de Vigilância em Saúde, Moisés Viana.
Com dados preocupantes, a exemplo do número de óbitos anual em decorrência de doenças e agravos não transmissíveis no Acre, cerca de mil, o secretário Adjunto de Atenção à Saúde, Raicri Barros, falou da importância de consolidar propostas voltadas para a promoção e prevenção de doenças.
“No momento em que temos em sete anos, 7 mil mortes por doenças ou agravos não transmissíveis, isso nos mostra o tamanho da intervenção que precisa ser feita. Estamos fazendo uma proposta de resgate a nossa missão institucional, e verdadeiramente trabalhando com promoção e prevenção. Estratégias, palestras, atividades em grupo e planejamento. Nós temos um seminário com diferentes propostas no objetivo de uma construção coletiva, nessa soma de esforços para a elaboração de um plano de ação estratégico junto aos municípios”, pontua.
O I Seminário Estadual de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis conta ainda com a participação e apoio, da Universidade Federal do Acre (Ufac), Serviço de Atendimento de Urgência Móvel (SAMU), Secretaria Municipal de Rio Branco (Semsa), Divisão de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), áreas técnicas do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas (DAPE) e Ministério Público do Estado do Acre.
A violência contra mulheres e a violência sexual contra crianças e adolescentes também estão pautadas entre as discussões e estratégias do plano de ação da saúde durante o seminário. No Acre, no período de 2013 a 2017, foram notificados 8,2 mil casos de violência com vítimas do sexo feminino com idade entre 10 e 34 anos, segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SINAN-NET/Sesacre).
Nesta terça-feira, 22, o evento segue com oficinas sobre o manual instrutivo de orientação das atividades do Programa Academia da Saúde, política de atenção integral da saúde do homem e planejamento das atividades do programa. Na quarta, 23, o seminário termina com a oficina da Vigilância da Violência e Acidentes, com dados do Ministério Público, discussões sobre o manual de orientações para profissionais de saúde no atendimento de pessoas em situação de violência e os protocolos de atendimento nos casos que envolvem mulheres, crianças e adolescentes.