Um grupo formado por cerca de trinta lideranças comunitárias ouviu atento a cada uma das explicações. Os olhares revelavam a preocupação dos moradores, que, unidos, partilham de uma dificuldade em comum: a luta familiar contra as drogas . Agora, o problema terá o reforço do sistema de videomonitoramento, com a instalação de 19 câmeras em pontos estratégicos de diversos bairros. Para que as comunidades beneficiadas entendam o funcionamento da ação, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) promoveu uma reunião com os líderes de cada área para explicar o trabalho que será executado e tirar dúvidas.
A reunião foi realizada no início da noite da última quinta-feira no Centro Cultural Neném Sombra. As câmeras entram em funcionamento ainda este mês e serão monitoradas por uma central de comando móvel, instalada num microônibus equipado com mais cinco câmeras internas e externas. Todas as imagens poderão ser visualizadas também pelo Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp).
“Os policiais que vão operar os equipamentos foram capacitados e o trabalho será feito de forma integrada com profissionais da área de saúde e assistência social. O apoio e a colaboração das lideranças comunitárias são imprescindíveis”, disse o secretário de Segurança, Ildor Reni Graebner.
Fernando Falcão, representante do bairro Cidade Nova, aprovou a medida. “É importante tanto essa aproximação dos órgãos de segurança das comunidades quanto à iniciativa de combate à droga, e não só pela violência, mas porque esse problema tem causado a destruição de muitas famílias”.
Câmeras contra as drogas
O monitoramento de áreas estratégicas faz parte de um plano de ações que integra a estratégia do programa “Crack, é possível vencer”. A iniciativa é do governo federal e foi criada pela presidenta Dilma Rousseff, que declarou guerra contra os entorpecentes e convocou um exército de gestores, policiais, profissionais da saúde e voluntários para tentar salvar as famílias brasileiras das mazelas provocadas pelo vício.