Os aspectos econômicos, sociais e ambientais dos Incentivos a Serviços Ambientais foram tema de curso no Acre. A capacitação foi realizada pelo Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais do Acre (IMC) e a ONG SOS Amazônia, com apoio do banco KfW, e contou com a participação de um técnico da Cooperfloresta.
Entre os dias 25 e 27 deste mês, em Plácido de Castro, técnicos e gestores do governo e da sociedade civil debateram temas como mudanças climáticas globais, florestas, serviços ambientais e fundos de cooperação. “A oficina é para que eles tenham efetiva comunicação, informação e formação. É nesse momento também que a gente garante a devida transparência do andamento e execução dos resultados”, explica Magaly Medeiros, presidente do IMC.
As discussões integram o Sistema Estadual de Incentivos a Serviços Ambientais (Sisa), que foi aprovado na lei 2.308, de 2010, um marco no país que inclui a geração de crédito de carbono pela proteção de florestas nativas. “Os outros estados estão sempre atentos ao Acre para aprender como fazer”, confirma Bruno Brazil de Souza, Imaflora.
Em outras cinco oficinas, foram capacitados os beneficiários do sistema, que são extrativistas e produtores rurais e indígenas. “É importante esse debate, para que a gente possa ampliar os direitos e garantias para as pessoas que moram e trabalham na floresta”, comenta Wallan Araújo, coordenador do Centro de Trabalhadores da Amazônia (CTA).
A ONG Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientas (CDSA), além de Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), também participaram do curso. “Discutimos problemas, soluções e em que o Brasil, especialmente o Acre, tem avançado, sendo considerado referência no assunto”, destacou Ayri Rando, consultor SOS Amazônia.