Há exatos 58 anos, o Acre deixava de ser território federal e assumia a condição de estado, com sua autonomia política e administrativa. No dia 15 de junho de 1962, o então presidente da República João Goulart sancionou a lei de criação da mais nova unidade federativa do país. Entre as várias conquistas obtidas a partir de então, uma das mais significativas diz respeito ao direito de voto dos acreanos para a escolha de seus próprios governantes. Anteriormente, um interventor federal era nomeado diretamente pela União.
Nesta segunda-feira, 15, o governo do Estado celebrou a data em uma cerimônia reservada no centro histórico da Gameleira, local onde iniciou a capital acreana. Devido à pandemia do novo coronavírus, a solenidade cívico-militar contou apenas com a presença de autoridades, entre elas o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello. Todos os protocolos de higiene e distanciamento físico foram cumpridos rigorosamente. O início do evento foi marcado com um minuto de silêncio em homenagem às famílias e vítimas da Covid-19 no Acre.
A tradicional troca da bandeira conduzida por militares fez parte das comemorações. O pavilhão acreano é o símbolo maior de muitos heróis que arriscaram e perderam suas vidas para que o Acre fosse anexado ao Brasil. Em seu discurso, o governador Gladson Cameli mencionou a história de luta de todos aqueles que se empenharam para que o sonho da autonomia fosse alcançado.
“O dia de hoje nos traz à memória os nobres heróis que lutaram pela autonomia do Estado do Acre, mas todos também aqueles que, com suor e sangue, deram suas vidas para que a fé, a alegria e esperança do povo acreano jamais fossem retiradas das nossas mentes e corações”, afirmou.
O governador enfatizou os 58 anos de emancipação política que representam não somente o marco da nossa autonomia administrativa, mas a consolidação dos sonhos, de ideais que conquistados. “Continuaremos cultivando através das gerações que aqui estão e que virão”, completou.
Cameli falou ainda da atual situação que o mundo enfrenta por causa do coronavírus e reiterou os esforços que o governo estadual vem fazendo desde a confirmação dos primeiros casos da doença. O gestor fez questão de agradecer todo o apoio que vem recebendo e enfatizou que a união de todos é fundamental para que a pandemia seja superada.
“A humanidade enfrenta um inimigo que impõe medo e tem colocado à prova a nossa coragem. Há um ano e meio governando o Acre, Deus tem me guiado e guiado o nosso povo pelo caminho da paciência e perseverança, pois não desistiremos de proteger as famílias que acreditam que logo triunfaremos contra esta pandemia. Serei eternamente grato a todos que nos deram a mão, em especial ao governo federal, através do ministério da Saúde, à toda bancada federal do Acre e às empresas e entidades que têm nos apoiado no combate ao coronavírus, pois a força desta união tem nos impulsionado a vencermos este mal dia após dia”, ressaltou.
Maior honraria da Polícia Militar é concedida para autoridades
Como forma de reconhecimento aos relevantes serviços prestados e pela colaboração para o progresso da segurança pública, o governo acreano, por meio da Polícia Militar, condecorou personalidades com as medalhas Plácido de Castro e Fontenele de Castro, as mais altas honrarias concedidas pela instituição.
Foram homenageados com a medalha Plácido de Castro o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello; o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Airton Antônio Soligo; o senador da República, Márcio Bittar; e o tenente-coronel Jorge Emerson Ribas S. de Lima, da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. O governador Gladson Cameli; o segundo tenente do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, Sylvio Ernesto Cocchiarella Filho; e o cabo da PM do Estado de São Paulo, Tiago Soares de Freitas, foram agraciados com a medalha Fontenele de Castro.
Em suas palavras, o ministro da Saúde destacou a importância da celebração de datas como esta. Pazuello lembrou o desafio que está sendo o combate à Covid-19 e elencou que o momento pede que todos deem as mãos na luta contra a proliferação do vírus.
“Gostaria de reverenciar a todos que se fazem presente nesta solenidade cívico-militar cultuando as bandeiras do estado e da ederação, isso é muito importante em qualquer momento, principalmente neste momento que estamos combatendo uma pandemia, em que precisamos estar juntos com altruísmo, abnegação, responsabilidade e posições apolíticas para que possamos vencer esta batalha”, argumentou.
Presente na cerimônia, a prefeita Socorro Neri também lembrou a contribuição dos antepassados para o desenvolvimento do Acre. A gestora municipal citou que este mesmo empenho vem sendo utilizado na atualidade para superar o coronavírus.
“Pelo Tratado de Petrópolis, as terras acreanas foram incorporadas ao território brasileiro. Em 1962, essas terras foram elevadas à condição de estado. Neste momento em que nós estamos vivendo uma forte crise sanitária, que traz efeitos muito fortes sobre crises política, econômica e social, quero aqui lembrar dos nossos pioneiros, dos acreanos que lutaram pela anexação dessas terras ao estado brasileiro e para que chegássemos, em 1962, à condição de estado. É essa bravura e os bons propósitos que eu tenho buscado, junto ao governador Gladson Cameli e todas as nossas equipes, superar este grave momento que estamos vivendo”, expôs.
A solenidade contou com presença do vice-governador Major Rocha; da primeira-dama do Estado, Ana Paula Cameli; do secretário da Casa Civil, Ribamar Trindade; do secretário de Justiça e Segurança Pública, Paulo Cezar Rocha dos Santos; da secretária de Comunicação, Silvania Pinheiro;dos senadores Mailza Gomes (representada por Reginaldo Ferreira), Marcio Bittar e Sérgio Petecão; dos deputados federais Alan Rick, Manuel Marcos e Mara Rocha; do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Nicolau Júnior; do deputado estadual Roberto Duarte; do chefe do Gabinete Militar, coronel Amarildo Camargo; do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ulysses Araújo; do comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Carlos Batista; do presidente da Fundação Elias Mansour, Manoel Pedro; do neto do ex-governador José Guiomard dos Santos, lauro Santos; da procuradora-chefe do Ministério Público do Acre, Kátia Rejane; do comandante do 7º Batalhão de Engenharia de Construção, tenente coronel Augusto Maciel; do comandante do 4º Batalhão de Infantaria de Selva, coronel Welington da Costa Prates; do representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Leonardo Vilela; do representante do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Hisham Mohamed; e da diretora de Programas do ministério da Saúde, Laura Appi.