Foi registrado no interior do Acre, município de Tarauacá, nesta segunda-feira, 7, um terremoto de 5.1 graus de magnitude, na escala Richter, com 559 quilômetros de profundidade. Devido o abalo ter ocorrido a uma profundidade muito grande, nenhum prejuízo a prédios e casas foi registrado e o tremor não foi sentido em outras cidades.
Apesar de forte, poucos moradores da localidade sentiram o abalo sísmico. Entre eles está o professor Igor Camelo de Souza. Ele fala da sensação que teve durante o tremor: “Já senti um terremoto e sei como é fisiologicamente. Dá aquele desconforto e tontura, parece que perdemos o chão e há algumas horas eu me senti assim, até pensei que estava com labirintite. Por um momento, duvidei que fosse um tremor” conta.
Apesar de não ser muito comum, o Acre é o estado do Brasil que registra o maior número de tremores no Brasil. O professor de geografia da Universidade Federal do Acre (Ufac), Waldemir Lima, explica o que ocasiona os tremores no estado: “A nossa região está assentada sobre a placa tectônica sul-americana, exatamente no encontro dela com a placa de Nazca. Devido a movimentação delas é comum que ocorram abalos sísmicos na nossa região”.
Segundo Waldemir, é mais frequente os abalos no município de Cruzeiro do Sul, que fica no encontro das placas, e não serem sentidos, pois ocorrem em uma profundidade muito grande. Os tremores surgem quando elas se movimentam – a placa de Nazca, por ser mais pesada, submerge e a sul-americana se eleva.