Anfitrião do encontro anual da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF) em 2014, de onde saiu a importante Declaração de Rio Branco, o governador Tião Viana foi responsável por abrir a participação dos governadores no encontro de 2015, sediado em Barcelona, região da Catalunha, na Espanha.
O GCF, que começou com apenas três países e ano passado já somava sete e 26 Estados, agora ganhou mais força com duas novas adesões de governos subnacionais: os Estados de Rondônia, de Cavally e Belier (Costa do Marfim).
Reforçado no discurso do conselheiro sênior e líder de projeto do GCF, Willian Boyd, essa reunião, depois da importante Declaração de Rio Branco, é essencial e estratégica para firmar uma definição da atuação dos membros do GCF na COP 21, em dezembro.
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Tião Viana faz chamamento para outros estados integrarem GCF
Tião Viana iniciou sua participação ao lado dos governadores brasileiros Simão Jatene (PA), Pedro Taques (MT) e Marcelo Miranda (TO), ressaltando a honra que o Estado do Acre tem de integrar o GCF como membro fundador e participar da reunião na Casa Mila, conhecida também como La Pedrera, do arquiteto e artista Antoni Gaudi, um espaço simbólico e afetivo que une valor da arte e do conhecimento.
“Sou da cabeceira das nascentes dos rios da Amazônia. Há menos de uma década, o GCF já apresenta resultados. Quem sabe um dia nos reuniremos, como nos reunimos nas Olimpíadas, com povos do mundo inteiro, fortalecendo o caminho para um desenvolvimento de uma nova economia, e isso não questiona a incondicional autonomia nacional dos países, é mais uma estratégia para novo rumos do planeta no século XXI”, comentou o governador.
Tião Viana explicou que o Acre tem uma gestão continuada, com uma política de desenvolvimento sustentável, e graças a essa continuidade foi possível garantir resultados tão efetivos, como as compensações de redução de desmatamento por boas práticas sustentáveis.
Juntos e mais fortes
O governador do Acre falou ainda da importância da união dos Estados da Amazônia para a conciliação de boas práticas e compromissos de conservação dos ecossistemas na nova economia baseada em baixas emissões de carbono. “Não estamos pedindo nada, mas estamos dizendo que somos responsáveis juntos. O compromisso é de todos. Quando olho regiões fortes de investimento, fico atento. Não queremos benefício de doação, queremos parcerias de interesse em comum”, diz.
O Acre no GCF
Entre os destaques das políticas públicas apresentadas pelo Acre, o governador ressaltou a industrialização de atividades produtivas de baixo carbono, como a piscicultura, que envolve os pequenos, médios e grandes produtores, demonstrando um caminho de gestão econômica integrada do território.
Outra prática apontada pelo Estado foi a diversificação da pecuária como estratégia de reduzir a pressão sob a floresta, com investimentos em tecnologia, tendo como importante instrumento de gestão territorial o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE).
Tião Viana finalizou reforçando que, a partir do encontro anual do GCF, o grande desafio na COP 21 é apresentar esse caminho, que exige o compromisso de todos com estratégias e metas, tornando esse movimento uma grande olimpíada para o meio ambiente.