“O Acre busca uma saída econômica para a própria independência”. Assim o governador Tião Viana resumiu os investimentos feitos nas cadeias produtivas sustentáveis do Acre, que avançaram de forma significativa ao longo de sua segunda gestão. Durante a entrevista concedida à Rede Pública de Comunicação e Agência Notícias do Acre na quarta-feira, 6, ele pontuou as principais conquistas.
Segundo Tião, assegurar o desenvolvimento depende de aspectos como promoção da qualidade de vida, de economia, de recursos para a infraestrutura e de uma visão criativa na era das tecnologias. E o Acre, tido como um dos mais distantes geograficamente, vem se destacando pelos projetos inovadores e incorporação tecnológica aliada à diversificação da base econômica.
O Complexo de Piscicultura Peixes da Amazônia S.A. é um exemplo desses avanços. “Um sucesso!”, destacou sobre o projeto que envolveu mais de cinco mil famílias, além de pequenos, médios e grandes produtores num modelo de parceria público-privado-comunitária.
Semelhantemente, o Complexo Industrial de Suinocultura Dom Porquito, seguindo os mesmos padrões de gestão, foi uma das apostas do governo que já se revelou promissora para a economia nos próximos anos. Com uma meta inicial de 250 suínos, o frigorífico já abateu na primeira semana de janeiro 400 animais em um dia, em menos de dois meses depois da inauguração.
“Há cinco anos não se falava em suínos. Hoje, conquistamos um frigorífico que não é o maior, mas é o mais moderno do Brasil nos padrões de tecnologia. Carretas já estão se deslocando para o Juruá e para Rondônia, e estamos aguardando o mercado de fronteira ser aberto pelos trâmites legais do Ministério da Agricultura, para atendermos inicialmente o mercado peruano, competindo com os Estados Unidos com alta agregação de valor aos nossos produtos”, comentou.
Ainda, o governador mencionou o fortalecimento do extrativismo no estado, por meio da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre) nos últimos anos.
“A Cooperacre é o maior fenômeno de gestão de modelo de cooperativismo que o Brasil precisava mostrar que daria certo na Amazônia. Hoje, carretas de castanha in natura chegam de outros estados para serem beneficiados aqui no Acre. As mais modernas indústrias de beneficiamento de castanha do Brasil estão aqui. Exemplo disso é que grandes multinacionais com alta exigência compram do Acre porque temos produto de qualidade”, enfatizou.