O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, convidou nesta quarta-feira, 2, o governador Tião Viana e os governadores de Rondônia, do Amazonas e do Mato Grosso a fazerem parte da negociação que o governo federal está fazendo para a construção da Ferrovia Interoceânica, que vai ligar o Brasil ao Peru, passando pelo Acre.
Segundo o ministro, a participação dos governadores dos estados da Amazônia por onde vai passar a ferrovia será importante para a concretização da obra, que sai do Rio de Janeiro e cruza os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre, entrando no Peru para chegar aos portos do Pacífico.
O convite ao governador para participar das negociações da ferrovia que vai ajudar a escoar as produções dos estados amazônicos para os mercados consumidores do Pacífico, da Ásia e da Costa Oeste norte-americana, foi feito durante a audiência que o ministro da Fazenda, acompanhado do secretário da Receita Federa, Jorge Rachid, concedeu a Tião Viana, à chefe da Casa Civil, Márcia Regina e aos secretários da Fazenda, Joaquim Tinel, e do Planejamento, Márcio Veríssimo.
Na audiência, o ministro da Fazenda e o secretário da Receita Federal também sinalizaram pela abertura das negociações visando a contratação, pelo governo do Acre, de uma operação de crédito junto ao Banco Mundial no valor de US$ 150 milhões para investimento em ações de saneamento ambiental no interior do estado.
Com contratação prevista para ser executada no próximo ano, a operação de crédito vai permitir o desenvolvimento de ações de saneamento ambiental principalmente nos municípios de difícil acesso: Jordão, Santa Rosa, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo.
“O ministro e o secretário do Tesouro reabriram a negociação para a execução da operação de crédito junto ao Banco Mundial para executar serviços essenciais para as populações, principalmente as dos municípios de difícil acesso”, disse o secretário Tinel.
O secretário do Planejamento, Márcio Veríssimo, explicou que a operação de crédito vai permitir ao governo do Estado levar avanços para os municípios isolados nas áreas do saneamento de água e esgoto, da saúde e da educação aos moldes dos que proporcionava o Programa de Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico Sustentável do Estado do Acre (Proacre), executado em outros municípios do interior do estado.
“Vamos levar água tratada, esgotamento sanitário e ações de saúde, de educação de jovens e adultos e de produção para os municípios de difícil acesso, todas áreas consideradas estratégicas pelo governo federal”, assinalou o secretário de Planejamento do Acre.