No terceiro encontro deste ano, gestores do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Tocantins, Roraima, Pará e Rondônia, reúnem-se nos dias 10 e 11 de agosto em Cuiabá (MT).
O 15º Fórum de Governadores da Amazônia Legal irá discutir desdobramentos do último evento, realizado em Porto Velho (RO). Nesta quinta-feira, 10, serão realizadas reuniões técnicas sobre os temas: criação do Consórcio Amazônia Legal, Meio Ambiente, Segurança Pública e Comunicação. Sexta, 11, às 9h, serão realizados os debates e os encaminhamentos entre os governadores da região.
O Consórcio
No último fórum, foi tratado a criação do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal, que se tornou a principal pauta a ser debatida. Ele prevê acordos de cooperação técnica entre os nove estados, o que possibilita a implementação de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento da região, explorando suas potencialidades.
O consórcio ficará sediado em Brasília, para facilitar as relações com parlamentares e o governo federal. E vai intermediar financiamento internacional e atuar como interlocutor entre os estados e investidores, propondo novas diretrizes em áreas prioritárias.
Nos estados, as secretarias de Planejamento, Gestão, Desenvolvimento, Meio Ambiente e Casa Civil deverão atuar como pontos de referência, com papel estratégico nesse modelo de gestão.
Papel acreano na região
Com os indicadores favoráveis, o Acre se credencia como exemplo de boa gestão, focando o seu desenvolvimento de forma sustentável e inclusiva. O estado teve redução de desmatamento de 62% em dez anos, investimentos de mais de R$ 500 milhões na agricultura familiar nos últimos seis anos, conseguindo um grande poder de investimentos por serviços ambientais.
Exemplo dessa liderança acreana é que neste ano o governo do Mato Grosso, um dos membros do Fórum, esteve no Acre para aprender mais sobre como o estado consegue aquecer sua economia e não desmatar. Além disso, o governador Tião Viana esteve na Colômbia, a convite do Banco Mundial, para apresentar esse modelo para governadores daquele país.
Em uma linha crescente estão o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), com 0,710 (alto) em 2014; Produto Interno Bruto (PIB) per capita com 14,734 e Índice de Educação Básica (Ideb). No mesmo momento, em linha decrescente, tem-se taxa de analfabetismo saindo de 23.7, no ano 2000, para 6.2 em 2017; taxa de extrema pobreza, saindo de 26.6 em 2004 para 10.2 em 2014 e o desmatamento.
Vale ressaltar que o crescimento acumulado do PIB do Acre entre 2011 e 2014 foi de 18,2%, o oitavo maior entre as unidades da federação. Além disso, o estado visa erradicar o analfabetismo até 2018, por meio do programa estadual Quero Ler.
O leitor poderá acompanhar todos os passos e discussões durante o Fórum aqui na agência Notícias do Acre e em sua rede social Facebook, com transmissões ao vivo e postagens ao longo dos dois dias de evento.