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Transplante: um dos maiores avanços da medicina moderna disponível e acessível no Acre – Noticias do Acre
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valorizando a vida

Transplante: um dos maiores avanços da medicina moderna disponível e acessível no Acre

[vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” columns_placement=”bottom” parallax=”content-moving” parallax_image=”318320″ css=”.vc_custom_1519166797991{margin-top: -250px !important;}”][vc_column][vc_custom_heading source=”post_title” font_container=”tag:h2|font_size:50|text_align:center|color:%23ffffff” google_fonts=”font_family:Ubuntu%3A300%2C300italic%2Cregular%2Citalic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:500%20bold%20regular%3A500%3Anormal” el_class=”shadowcss”][vc_text_separator title=”Texto de Lane Vale || Fotos do Arquivo SECOM/AC || Diagramador Adaildo Neto” color=”white”][vc_text_separator title=”Rio Branco, 26 de fevereiro de 2018″ color=”white”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Equipes inteiras dispostas a tudo para salvar uma vida. A realização de transplantes no Acre faz parte da história recente da saúde pública no estado. Uma grande conquista e legado do governador Tião Viana, que vem trazendo recomeço de vida para muitas pessoas e colocando o Acre como destaque no cenário nacional.

Parte dessa trajetória é fruto da parceria com o médico Tércio Genzini, que é diretor do Grupo Hepático em São Paulo e um dos responsáveis pelo sucesso e eficácia dos transplantes de fígado realizados no Acre desde 2014. “Hoje no Acre nós temos 34 transplantes de fígado realizados e apenas uma morte. É talvez o maior sucesso no país, ou seja, 97% dos pacientes operados têm uma boa aceitação do órgão. No Brasil, essa média gira em torno de 70 a 80%”, destaca.

“No Acre, gestão, unidade e compromisso tornaram possíveis os transplantes”, diz cirurgião (Foto: Júnior Aguiar)

Mesmo antes da implantação da Central de Transplantes no estado, em 2006, Genzini já vinha ao Acre para atender pacientes com doenças no fígado que necessitavam de acompanhamento especializado, ou mesmo transplante, que na época só era realizado nos grandes centros do país, via Tratamento Fora do Domicílio (TFD) da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).

“No Acre eu me deparei com problemas endêmicos na região que são as hepatites virais, e encontrei muitos pacientes cirróticos que tinham de se deslocar para os grandes centros e encontravam uma série de dificuldades. Apesar da ajuda do estado com o TFD, as condições eram difíceis até pelo deslocamento dessas pessoas que estavam debilitadas. Então, essas dificuldades fizeram deslumbrar a possibilidade de começar aqui os procedimentos de alta complexidade. Importante dizer que ninguém faz transplante sozinho. É necessário que haja um envolvimento dos gestores. E no Acre sempre tivemos muito apoio do governo, da Secretaria de Saúde e da instituição”, ressalta o médico.

Ao longo dessa trajetória, o especialista lembra que a maioria das autoridades médicas em transplantes no país não acreditava ser possível fazer transplantes de fígado no Acre. “Quando falamos em cadastrar um serviço no Acre, as autoridades foram contrárias e não recebemos nenhum apoio de Brasília, que falava que o Acre era um estado muito pequeno e não tinha que ter nenhum serviço de transplantes aqui. Estavam errados. O Acre é um exemplo, que mostra o que é possível com gestão, unidade e compromisso. Hoje já transplantamos pacientes de Roraima, Amazonas, Rondônia e até de outros países, como Guatemala”, revela.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”294579″ parallax_speed_bg=”1.2″][vc_column][vc_custom_heading text=”O Acre é o único estado da Região Norte que realiza transplante de fígado” font_container=”tag:h2|font_size:50|text_align:center|color:%23ffffff” google_fonts=”font_family:Ubuntu%3A300%2C300italic%2Cregular%2Citalic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:500%20bold%20regular%3A500%3Anormal” el_class=”shadowcss”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_custom_heading text=”Ganhar para perder” font_container=”tag:h2|font_size:50|text_align:center|color:%23020202″ google_fonts=”font_family:Ubuntu%3A300%2C300italic%2Cregular%2Citalic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:500%20bold%20regular%3A500%3Anormal”][vc_column_text]“A política de transplante é uma realidade sólida no estado, uma política que não é barulhenta, mas é cheia de emoção”. A frase dita pelo governador Tião Viana durante entrevista sobre o serviço de transplantes no Acre, retrata bem o sentimento do paciente Roberto Carlos Tavares, de 43 anos. Agradecido pelo novo rim que recebeu há quase dois anos em procedimento realizado no Hospital das Clínicas, ele se tornou militante da causa em prol da doação de órgãos.

“Dizem que a gente só dá valor quando perde. Eu precisei ganhar para valorizar o que significa a doação de órgãos e a grandiosidade que representa esse procedimento que é feito aqui no nosso Acre. Desde que precisei de um transplante, e graças a Deus consegui um rim compatível, abracei a causa e hoje tento ajudar meus irmãos que estão na fila de transplante e necessitam de um novo órgão para sobreviver. Então, estou sempre mobilizando as pessoas, fazendo companhas sobre a importância que é o sim dos familiares em autorizar a doação de órgãos”, conta.

Roberto passou por um transplante de rim há dois anos e hoje ajuda outros pacientes (Foto: Júnior Aguiar)

Esperar nem sempre é uma opção. A fila de transplantes, apesar de alguns avanços nos últimos anos, ainda caminha a passos lentos. Isso porque a rejeição das famílias pela doação de órgãos ainda é um dos grandes obstáculos a ser vencido pela conquista da medicina moderna chamada “transplante”. Não diferente do que acontece em outros estados, no Acre ainda é difícil convencer os familiares de que não existe milagre possível depois de constatada a morte cerebral.

“A morte na medicina é a morte do cérebro. Quando uma pessoa chegou a essa situação, existem dois caminhos: ou os órgãos desse corpo salvam várias vidas ou se enterra esse corpo e se deixa degradar dentro do caixão. São esses caminhos que existem. Portanto, a informação é importante para que as pessoas aceitem a morte encefálica como morte, e tomem essa decisão. Eu acredito que as pessoas já tenham essa decisão dentro do seu coração. Todos dizem sim, quando superam o luto, a revolta se foi uma tragédia, a tristeza e a saudade. Porque o ‘sim ou o não’ não vão mudar o que já aconteceu, o fato esta consumado e as leis são rígidas no diagnóstico da morte encefálica, uma vez feito é irreversível e a morte está declarada”, observa Tércio Genizini.

“Em 2014 quando fui informado que iria receber um novo fígado e que o transplante seria feito aqui no Acre a felicidade foi em dobro. Claro que tem a questão financeira, mas o fato de estar em casa, com a família por perto fez toda a diferença na minha recuperação. Sou grato pelo doutor Tércio e sua equipe, pelo empenho do governo que tornou possível a realização de transplantes no estado”, relata um dos primeiros pacientes a passar por um transplante de fígado no Acre, Lúcio César Leite, de 43 anos.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”247065″ parallax_speed_bg=”1.2″][vc_column][vc_column_text][aspas2 fala=”A morte na medicina é a morte do cérebro. Quando uma pessoa chegou a essa situação, existem dois caminhos: ou os órgãos desse corpo salvam várias vidas ou se enterra esse corpo e se deixa degradar dentro do caixão. São esses caminhos que existem.” autor=”Dr. Tércio Genizini” cargo=”Médico”][/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_custom_heading text=”Compromisso com a vida” font_container=”tag:h2|font_size:50|text_align:center|color:%23020202″ google_fonts=”font_family:Ubuntu%3A300%2C300italic%2Cregular%2Citalic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:500%20bold%20regular%3A500%3Anormal”][vc_column_text]Nessa jornada em favor da vida, superando as dificuldades, a logística e a descrença das autoridades médicas do país citadas pelo maior especialista em transplantes, quando aqui se pensou em realizar cirurgias desse porte, hoje o Acre é o único estado da Região Norte com programa de fígado ativo, e por milhão de habitante, um dos que mais realiza transplantes desse tipo no país, sendo procurado por pacientes de outros estados que encontraram aqui, uma nova oportunidade para recomeçar suas vidas por meio do transplante.

Regiane Ferrari, coordena a Central responsável por mais de 300 transplantes no HC (foto: Júnior Aguiar_

Desde 2014, ano que marcou o início da realização de transplantes de fígado no estado, já são 34 procedimentos realizados no Acre no Hospital das Clinicas, além de outros 89 transplantes de rim e 200 de córneas, a partir da criação da Central Estadual de Transplantes, há 11 anos.

“A decisão do governador Tião Viana em apostar na realização de transplantes no Acre foi primordial para que o estado alcançasse esse sucesso ao longo dos últimos anos”, finaliza Tércio Genzini.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]


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